Relatora quer acareação entre Torres e ex-diretor da PF na Bahia
Eliziane Gama (PSD-MA), a relatora da CPMI do 8 de Janeiro, sugeriu que quer uma acareação entre o Anderson Torres (foto), o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, e Leandro Almada, que à época do segundo turno das eleições era o chefe da Polícia Federal na Bahia...
Eliziane Gama (PSD-MA), a relatora da CPMI do 8 de Janeiro, pediu nesta terça-feira (8) uma acareação entre o Anderson Torres (foto), o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, e Leandro Almada, que à época do segundo turno das eleições era o chefe da Polícia Federal na Bahia. Almada acusou Torres, à época, de orientar ações da PF em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF) em pontos específicos do estado, buscando uma possível supressão de votos em áreas mais favoráveis ao voto em Lula que em Bolsonaro.
“É necessário que essa CPMI esclareça inconsistências e divergências entre depoimentos prestados por testemunhas e investigados”, argumentou a senadora, ao apresentar a proposta. “Houve importantes divergências quanto a fatos que guardam relação com a CPMI”
Em seu depoimento na CPMI, mais cedo, o ex-ministro e ex-secretário da Segurança Pública do DF disse não temer a possibilidade de uma reunião cara-a-cara com Almada.
“Não estou dizendo que ele mentiu — estou dizendo que não foi tratado dessa forma“, afirmou. “Eu não tenho problema de acareação com ninguém. Nós não fizemos isso, senadora, não houve uma orientação para a Polícia Federal deixar de fazer o trabalho dela — principalmente uma determinação, que não houve.”
Um documento, no entanto, liga Torres à ação na Bahia, supostamente buscando melar o processo eleitoral. Documentos apontam a existência de um “boletim de inteligência”, elaborado pelo Ministério da Justiça, com um mapa detalhado dos locais onde Lula foi mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais em 2022.
Segundo O Globo, o documento foi produzido em outubro pela então diretora de Inteligência da pasta, Marília Alencar, que mais tarde se tornou subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança do Distrito Federal.
Para os investigadores, o material serviu para que Anderson Torres autorizasse a operação da PRF que supostamente retardou o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro em municípios do Nordeste, onde Lula teve mais votos do que Jair Bolsonaro.
Ainda conforme o jornal, Marília tentou apagar o relatório de seu celular, mas parte do material foi recuperada pela perícia da PF.
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