Ramos diz que ‘PEC do Gilmar’ é “questão de honra” para Lira; ainda faltam votos
O Antagonista apurou com líderes partidários como foi a reunião de há pouco na Câmara, a portas fechadas, na qual foi discutida a possibilidade de votação ainda hoje da 'PEC do Gilmar', que coloca o Ministério Público no “corredor da morte” e teve uma tramitação, no mínimo, incomum...
O Antagonista apurou com líderes partidários como foi a reunião de há pouco na Câmara, a portas fechadas, na qual foi discutida a possibilidade de votação ainda hoje da ‘PEC do Gilmar’, que coloca o Ministério Público no “corredor da morte” e teve uma tramitação, no mínimo, incomum.
Pressionado por colegas, Marcelo Ramos, que está no comando dos trabalhos, teria dito, segundo participantes da reunião, que está somente “cumprindo missão” ao pautar a proposta diretamente no plenário e que a aprovação da matéria era “questão de honra” para Arthur Lira, que está em Roma.
A resistência à PEC aumentou, sobretudo a partir das notícias veiculadas por O Antagonista, mas, até aqui, há uma tendência de votação, pelo menos no primeiro turno, ainda hoje. Para que uma PEC seja aprovada, são necessários pelo menos 308 votos em dois turnos.
“Vão colocar para votar de qualquer jeito. Arthur Lira fez acordo com a maioria dos líderes”, disse um deputado a este site, pedindo reserva. “Se colocaram para votar mesmo, na marra, já não sei mais se passa”, opinou outro.
O primeiro signatário da PEC, o deputado petista Paulo Teixeira, já esteve mais animado. Na reunião, nem o líder do PSD, partido do relator da proposta, anunciado somente ontem, garantiu todos os votos favoráveis da sua bancada, de 35 parlamentares.
Líderes chegaram a admitir que o texto divulgado ontem, sem análise na comissão especial, é “ainda mais pesado” que o original, protocolado por Teixeira em março deste ano, com o apoio de 185 deputados.
O petista, ciente das resistências, está tentando negociar a retirada de quatro pontos que seriam considerados mais polêmicos, incluindo os dois trechos alvos dos destaques apresentados pelo PSDB. Com isso, tem propagado o petista, “o Ministério Público passaria a apoiar a proposta”. Não é verdade, pois o MP não aceita essa PEC de forma alguma.
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