“Quem tentar explorar politicamente o prestígio do Exército está blefando”
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que foi ministro-chefe da Secretaria de Governo no início da gestão Bolsonaro, disse a O Antagonista que "tentar envolver as Forças Armadas na polêmica criada sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas é atitude completamente irresponsável"...
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que foi ministro-chefe da Secretaria de Governo no início da gestão Bolsonaro, disse a O Antagonista que “tentar envolver as Forças Armadas na polêmica criada sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas é atitude completamente irresponsável”.
Como noticiamos, Jair Bolsonaro voltou a atacar o sistema de votação brasileiro, usando um documento do Ministério da Defesa.
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“Isso é tentativa deliberada de manipulação da opinião pública, tentando explorar a boa imagem do Exército. Felizmente, a sociedade sabe que pode confiar no Exército e que não pode dar crédito às fanfarronices e às tentativas do presidente de transferência do prestígio do Exército para os seus interesses políticos pessoais”, afirmou Santos Cruz.
“Quem fizer referência a apoio político e tentar explorar politicamente o prestígio do Exército está blefando, mentindo e sendo irresponsável”, acrescentou o general da reserva da Força.
Santos Cruz, que se filiou ao Podemos com a intenção de disputar as eleições deste ano, disse também que a opinião dele é baseada no que viveu no Exército por mais de 45 anos.
“As Forças Armadas são instituições de Estado e não apoiam grupos ou pessoas. Também não vejo apoio político nem envolvimento do Exército sobre a confiabilidade das urnas utilizadas no Brasil.”
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O ex-ministro de Bolsonaro afirmou ter convicção de que quaisquer questões, porventura, estudadas por especialistas militares em relação à segurança das urnas eletrônicas são “absolutamente técnicas e não têm nada a ver com apoio político”.
“Os assuntos relativos ao sistema eleitoral e ao modelo adotado [no Brasil] não são assuntos militares. São assuntos da Justiça Eleitoral, do Congresso Nacional e do Ministério da Justiça, via Polícia Federal. A contribuição militar se dá em aspectos técnicos. Respeito funcional, protocolar e cerimonial é devido legalmente a todas as autoridades, seja ela quem for, e isso nada tem a ver com apoio político.”
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