Quem Bolsonaro vai ungir?
Tarcísio de Freitas repete que vai disputar a reeleição ao governo de São Paulo em 2026, mas põe nas mãos do ex-presidente a escolha de quem disputará presidência pela direita
Tarcísio de Freitas (Republicanos, foto) afirmou mais uma vez que pretende se candidatar à reeleição em 2026, mas colocou nas mãos de Jair Bolsonaro a escolha sobre quem disputará o Palácio do Planalto pela direita caso o ex-presidente não consiga recuperar a elegibilidade.
“Sou muito fiel àqueles que me elegeram. Eu tive um grande apreço da população de São Paulo que me acolheu, e nós temos projetos muito interessantes para entregar em [20]28, em [20]29, em [20]30. O que me motiva a ficar em São Paulo? A entrega desses projetos”, disse o governador em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, no domingo, 16.
Tarcísio disse que não vê motivos para a inelegibilidade de Bolsonaro e comentou: “Quantas vezes a gente já viu ações sendo revertidas”.
Ungido
Segundo o governador, o ex-presidente “vai ser ator em 2026 independente de qualquer coisa”.
“Nós temos uma grande liderança da direita, que é o Bolsonaro, e eu entendo que o candidato viável vai ser o próprio Bolsonaro ou aquele que ele ungir”, comentou.
Questionado sobre o resultado da eleição municipal deste ano, Tarcísio disse que “a direita fez uma grande eleição, porque ela soube trazer o centro junto”.
E também chamou atenção para o fato de que foram mantidas reformas importantes no Congresso Nacional, que ajudam o país a resistir ao excesso de gastos e à “falta de apreço pelo fiscal” do governo Lula.
Direita
Questionado sobre outros atores da direita que se apresentam para 2026, Tarcísio disse que vê a possibilidade de agregar essas forças.
O governador de São Paulo disse que conversa pouco sobre o assunto, mas com todo mundo, inclusive com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que tem trocado algumas farpas com Bolsonaro desde que se apresentou como pretendente ao Palácio do Planalto.
Sobre o governo Bolsonaro, Tarcísio reconheceu que o discurso contra as vacinas durante a pandemia foi um problema, assim como o “distanciamento entre as instituições”. Segundo ele, “a retórica foi ruim” e “isso custou muito caro”.
Sobre a trama golpista identificada pela Polícia Federal, contudo, o governador disse que não viu nenhum elemento que implique o Bolsonaro. Segundo ele, “o que foi pensado [sobre formas de permanecer no poder sem voto] é reprovável”.
Assine Crusoé e leia mais: Tarcísio reconhece o erro
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
José Marques Castello Branco
16.12.2024 09:07De Besta só tem as Asas...sabe muitissimo bem que não reune condições p/ tentar concorrer a Presidência e se contenta em ficar enrolando lá pras bandas de SP...
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
16.12.2024 08:27O problema de todo líder populista é o medo de as pessoas "descobrirem" a falta de talento e competência além da fala que "encanta" multidões, daí não conseguem compartilhar espaço com os inteligentes e competentes.