Queimadas “do amor” marcam pior ano desde 2010
Dados do programa BD Queimadas, do Inpe, apontam que o Brasil registrou 278.299 focos de incêndio em 2024
Dados do programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que o Brasil registrou 278.299 focos de incêndio de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024.
Esse número representa um aumento de 46% em relação ao ano anterior, quando o programa contabilizou 189.891 ocorrências.
Esse é também o pior número desde 2010, último ano do segundo governo Lula (PT), quando foram registrados 319.383 focos no país.
Pará, o estado com mais focos de incêndio
O estado do Pará, que sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, em novembro, foi a unidade da federação com a maior quantidade de ocorrências no ano passado: 56.070.
Esse número representa 20,1% do total de focos dos incêndios contabilizados no país.
Na sequência, aparecem Mato Grosso, com 50.551; Amazonas, 25.499, e Maranhão, 22.879.
O estado de Sergipe registrou a menor incidência de casos: 190.
Um ‘Rio Grande do Sul’ foi queimado
O fogo atingiu uma área de 297.680 km² no Brasil no período de janeiro a novembro, conforme dados do Monitor do Fogo, da plataforma MapBiomas.
Essa área é superior a do estado do Rio Grande do Sul, que possui 281.707 km².
O índice representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023.
Naquele ano, a extensão queimada no Brasil foi de 156.448 km².
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Novo padrão
Cientistas do MapBiomas apontam para uma mudança preocupante no padrão das áreas atingidas pelo fogo em 2024.
Ao contrário dos seis anos anteriores, quando as queimadas afetaram predominantemente áreas de pastagem, as florestas foram mais impactadas ao longo do ano passado.
Nos primeiros 11 meses de 2024, 57% do território afetado pelo fogo estava na Amazônia.
Pelo menos 169 mil km² foram impactados pelas chamas na região.
O segundo bioma mais atingido foi o cerrado, com 96 mil km² queimados.
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