Que exagero, Flávio Dino
Usuários da rede social X apontaram o exagero de Flávio Dino ao compartilhar um gráfico sobre a queda do número de homicídios no país
Usuários da rede social X, antigo Twitter, apontaram o exagero de Flávio Dino (foto), que está de saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ao compartilhar um gráfico sobre a queda do número de homicídios no país.
Apesar da queda do número de assassinatos, o gráfico foi distorcido, representando um recuo dos casos muito maior do que seria sem a distorção no eixo vertical.
“Embora os números apresentados sejam reais, a postagem do Ministro da Justiça utiliza-se de artifícios gráficos para fins de distorção visual das informações fornecidas, com vistas a induzir o leitor em acreditar que a queda nos números foi mais acentuada que a queda real”, diz a nota da comunidade.
Acrescentada pelo usuário Franklin Weise (@WeiseFranklin), a nota da comunidade acrescentada à publicação de Dino, a nota da comunidade contém um link para uma postagem com um gráfico sem a distorção.
Como mostrou o usuário, a curva é mais suave do que a apresentada pelo futuro ministro do Supremo Tribunal Federal.
Homicídios em queda
Embora o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tenha exagerado no gráfico, o número de homicídios no país caiu de 42.190 para 40.464, o que equivale a uma redução de 4,09%.
Os dados foram inseridos no Sistema Nacional de Dados de Segurança Pública (Sinesp) e enviados ao Ministério da Justiça pelos 26 Estados e o Distrito Federal.
A pasta, que será comandada pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, também informou que os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) caíram 23,64% em 2023, quando foram registrados 953 ocorrências do tipo.
Em 2022, o número de latrocínios chegou a 1.248.
Reféns do crime
Como mostrou Crusoé, existem dois Brasis em matéria de segurança pública. O primeiro é o de estados como São Paulo e Santa Catarina, que têm taxas de homicídio de 8,4 mortes por 100 mil habitantes e 9,1 por 100 mil habitantes, respectivamente — valores próximos aos da Argentina, com 6 por 100 mil. O segundo é o de estados como Alagoas e Bahia, que chegam perto das 50 por 100 mil habitantes, índice digno de uma Venezuela ou de uma Jamaica.
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