‘Quase partido’ de Bolsonaro, Patriota não vai apoiar a reeleição
O Patriota optou pela neutralidade na corrida presidencial deste ano. O diretório nacional do pequeno partido decidiu não lançar nem apoiar candidato algum ao Planalto. Esse posicionamento ainda terá de ser referendado mais adiante, no prazo das convenções partidárias, entre julho e agosto, mas é pouquíssimo provável que haja alguma mudança...
O Patriota optou pela neutralidade na corrida presidencial deste ano. O diretório nacional do pequeno partido decidiu não lançar nem apoiar candidato algum ao Planalto.
Esse posicionamento ainda terá de ser referendado mais adiante, dentro do prazo das convenções partidárias, entre julho e agosto, mas é pouquíssimo provável que haja alguma mudança.
O foco do Patriota, segundo o presidente da sigla, Ovasco Resende (foto) disse a O Antagonista, será realmente alcançar a cláusula de barreira — para as eleições deste ano, a cláusula exigirá 2% dos votos válidos, ou a eleição de pelo menos 11 deputados federais distribuídos em 9 unidades da Federação.
“Como o cenário ainda está muito indefinido nessa busca de uma alternativa a Lula e Jair Bolsonaro, vamos permanecer neutros. É muito ruim para um partido que está com a missão de alcançar a cláusula ter polêmicas e atritos internos”, justificou Resende.
Em novembro do ano passado, Sergio Moro e o Podemos, então legenda do ex-juiz da Lava Jato, chegaram a procurar os dirigentes do Patriota para sondar possibilidade de apoio, mas as conversas não avançaram.
O presidente do Patriota acrescentou que, a despeito da recente aproximação com PSC e Avante, o partido também não formará federação — aquela espécie de coligação que dura por pelo menos quatro anos. Com a janela partidária encerrada, o Patriota perdeu o deputado Pastor Eurico, de Pernambuco, que migrou para o PL, de Jair Bolsonaro, e passou a ter apenas quatro deputados federais atualmente.
Em maio do ano passado, o senador Flávio Bolsonaro chegou a se filiar ao Patriota, com a missão de preparar o terreno para o pai, inclusive com o apoio jurídico do advogado Admar Gonzaga, ex-ministro do TSE. Mas a tentativa de tomar o controle da legenda na marra não deu certo e, com o caso indo parar na Justiça e na polícia, a família Bolsonaro teve que procurar outro lugar.
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