Qual será o papel do ministério de Paulo Pimenta no RS
De acordo com a medida provisória (MP) assinada por Lula, a nova pasta terá um secretário-executivo e 10 cargos comissionados
O presidente Lula (PT) empossou na quarta-feira, 15, Paulo Pimenta como ministro do Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Com isso, Pimenta deixou o comando da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
De acordo com a medida provisória (MP) assinada por Lula, a nova pasta terá um secretário-executivo e 10 cargos comissionados, e está prevista para permanecer até fevereiro de 2025. Em tese, Paulo Pimenta deverá coordenar uma estrutura administrativa para as ações federais na região, representando a Presidência da República enquanto durar o estado de calamidade pública no estado gaúcho.
Integrantes do governo admitem que a o ministro não fará ordenamento de despesas e será uma “ponte” do governo federal com prefeituras e o governo do Rio Grande do Sul. Segundo a MP, a pasta deverá ser extinta dois meses após o término do decreto de calamidade pública do estado, em 31 de dezembro de 2024.
Críticas ao nome da Paulo Pimenta
A escolha de Paulo Pimenta, no entanto, gerou críticas por parte dos partidos da base de Lula e de partidos adversários. A avaliação é de que a atuação do ministro pode favorecer sua pré-candidatura ao governo do RS em 2026.
Paulo Pimenta, que é gaúcho e já foi vice-prefeito de Santa Maria, tem uma trajetória como deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Além do descontentamento por parte do governador Eduardo Leite (PSDB), a indicação gerou atritos dentro do MDB, que pretende viabilizar o nome do atual vice-governador Gabriel Souza na próxima disputa eleitoral.
Aliados do PT, no entanto, minimizam os efeitos da atuação de Paulo Pimenta na corrida eleitoral de 2026. A avaliação é de que a pasta será extinta faltando pouco mais de um ano e meio para as eleições.
Para tentar minimizar as críticas ao seu nome, Paulo Pimenta disse, ao tomar posse, que vai trabalhar ao lado do governador Eduardo Leite.
“O trabalho do governo federal é um trabalho complementar e suplementar ao trabalho do governo do estado e das prefeituras. O presidente Lula me pediu muito que tenha essa dedicação e disposição de colaborar com governo do estado, secretários, prefeituras de todos os municípios atingidos”, disse.
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