PT quer emplacar ‘delegada comunista’ em Comissão de Segurança da Câmara
O PT trabalha para indicar a deputada federal delegada Adriana Accorsi, de Goiás, para o posto que hoje é do PL
O PT tem trabalhado nos bastidores para tomar o controle da Comissão de Segurança na Câmara e já tem até nome para a presidência do colegiado: a deputada federal delegada Adriana Accorsi, de Goiás.
Em 2022, a parlamentar foi eleita para a Câmara com 96.714 votos e teve a sexta maior votação do estado. Em sua eleição, ela teve o apoio de servidores públicos e integrantes da polícia civil.
Como mostramos na semana passada, o PT tem trabalhado intensamente para minar o acordo feito pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e agora quer comandar a Comissão de Segurança Pública da Casa.
O colegiado é hoje controlado pelo PL e, no ano passado, foi utilizado para pressionar então ministro da Justiça e hoje integrante do STF Flávio Dino. Para evitar que o governo Lula sofra novos constrangimentos na Câmara, a base petista tenta emplacar um aliado do Palácio do Planalto no comando da comissão.
A questão que vem sendo ponderada por parlamentares do PL e por deputados da própria base governista é que, se o PT insistir em disputar esse colegiado, isso pode impactar em outros acordos feitos por Arthur Lira como, mais especificamente, o controle da Comissão de Constituição e Justiça. Pelo acordo, o PL comandaria esse colegiado.
Deputados bolsonaristas já admitem nos bastidores que se o PT insistir em apresentar uma candidatura para a comissão, a tendência é que esse nome seja rejeitado. Assim, isso pode gerar um efeito em cascata e os presidentes de outras comissões igualmente poderiam ser eleitos por voto direito, sem um acordo formal, como é de praxe na Câmara.
A indefinição do comando das comissões temáticas paralisou as atividades da Câmara.
A orientação é colocar em pauta apenas projetos que tenham acordo já definido ou matérias ausentes de polêmicas.
O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), se comprometeu em realizar novas rodadas de conversa com os líderes para tratar do assunto.
Outra comissão no alvo das disputas é a de Finanças e Tributação. Isso porque caberá ao colegiado a regulamentação da reforma tributária. Integrantes do PL tem afirmado que, caso o partido não fique com a CCJ, a exigência será pela comissão de tributação como forma de compensação.
A continuidade das discussões sobre a reforma é vista como prioridade pelo governo e a tendência é de que o assunto domine a pauta a partir de março. Em entrevista concedida no Palácio do Planalto na terça, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que no próximo mês o governo enviará ao Congresso o projeto para regulamentação da reforma tributária.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)