Candidatos do PT nas Assembleias Legislativas ficam ‘reféns’ de deputados federais
Como forma de atenuar o "efeito Lula" no PT, candidatos a deputados federais se transformaram nos principais financiadores dos colegas que tentam uma vaga nas Assembleias Legislativas de estados como SP, Minas Gerais e Paraná...
Como forma de atenuar o “efeito Lula” no PT, candidatos a deputados federais se transformaram nos principais financiadores dos colegas que tentam uma vaga nas Assembleias Legislativas de estados como SP, Minas Gerais e Paraná.
Nomes históricos do partido, como Rui Falcão, Nilto Tatto e Arlindo Chinaglia, estão entre os maiores doadores para colegas do partido que entraram na disputa pelo cargo de deputado estadual.
O deputado federal Alexandre Padilha, ex-ministro nos governos Lula e Dilma Rousseff, gastou mais da metade do R$ 1,28 milhão despendido com sua candidatura com o financiamento de outros candidatos —ele é amparado por uma resolução do TSE de 2019.
Os R$ 684,4 mil doados a outras candidaturas atenderam a nomes do partido como o tesoureiro da sigla Emídio de Souza (que recebeu R$ 200 mil) e o deputado Paulo Fiorilo (outros R$ 200 mil).
Outra figura influente na agremiação, Nilto Tatto doou mais de R$ 700 mil de sua campanha — quase 70% das suas despesas totais — a nomes do PT no estado.
Gleisi Hoffmann, presidente do partido e deputada federal pelo Paraná, colocou R$ 60 mil de sua verba na campanha de Luciana Rafagnin, que quer se reeleger deputada estadual.
Reginaldo Lopes, o líder do partido na Câmara, enviou R$ 40 mil ao deputado estadual Cristiano Silveira. A doação de Lopes corresponde a aproximadamente 25% de tudo aquilo que Silveira arrecadou até o momento.
Como temos mostrado, o partido priorizou a disputa nacional injetando mais de R$ 85 milhões na campanha de Lula. Por essa razão, candidatos ao governo do estado e às Assembleias Legislativas sofrem para obter recursos da executiva nacional.
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