PT assina resolução do Foro de SP que reconhece vitória de Maduro
Sorrateiramente, sem fazer muito alarde no Brasil, o PT assinou uma resolução do Foro de São Paulo, que reconhece a vitória eleitoral de Nicolás Maduro e se solidariza com o seu regime
Sorrateiramente, sem fazer muito alarde no Brasil, o PT assinou uma resolução do Foro de São Paulo, que reconhece a vitória eleitoral de Nicolás Maduro e se solidariza com o seu regime. O documento foi elaborado em uma reunião do grupo, realizada no México, antes da posse de Claudia Sheinbaum à Presidência do país.
A secretária executiva do Foro de São Paulo, Mônica Valente, é integrante da executiva nacional do PT e estava presente, mas o partido não divulgou a resolução pró-Maduro por temer repercussões negativas nas eleições municipais.
A postura aparentemente ambígua por parte do governo brasileiro sobre a Venezuela foi criticada pelos integrantes do Foro de São Paulo, que querem o endosso absoluto à ditadura de Maduro
“A posição do governo brasileiro é confusa e precisa ser mais clara”, disse Ana Prestes, secretária de relações internacionais do PCdoB e representante do partido no Foro de São Paulo. “Não existem provas de que Maduro perdeu a eleição. A adesão à oposição na Venezuela é menor que o apoio popular ao chavismo”, afirmou Ana Preste, por desconexão com a realidade ou por pura má-fé.
Foro de São Paulo – Resolução final
A resolução final do Foro, assinada pelo PT, assinala “que as lutas das nossas forças políticas para a democracia continuam a ser urgentes nos nossos países, com a crescente ameaça
do extremismo de direita, do neofascismo e do imperialismo, e que é fundamental a unidade de governos democráticos, progressistas e revolucionário”.
O texto segue com a verborragia característica da extrema esquerda, cheia de clichês e acusações a Israel, aos seus aliados, à Otan e ao “imperialismo estadunidense” até chegar no louvor e defesa da ditadura de Nicolás Maduro:
“Dadas as ações da extrema direita, torna-se um imperativo as nossas forças políticas apelar ao respeito à institucionalidade democrática da Venezuela e à autodeterminação do povo venezuelano com em relação aos resultados eleitorais que deram a vitória ao presidente Maduro.
O documento elogia o Congresso Mundial contra o Fascismo, o Neofascismo e Expressões Similares, ocorridos nos dias 10 e 11 de setembro em Caracas e também a criação da Internacional Antifascista. A realização desta atividade na Venezuela, afirma o texto, “tem uma importância transcendental, devido à coordenação internacional e o trabalho conjunto das forças de extrema direita para atacar os resultados das eleições presidenciais venezuelanas e a vitória do presidente Nicolás Maduro”.
Eleições municipais no Brasil
A resolução faz ainda ligeira referência ao Brasil e às eleições municipais nos seguintes termos:
“Neste mês de outubro, o Brasil realizará eleições locais e a disputa acontecerá entre as mesmas forças políticas de 2022: a esquerda democrática e a extrema direita golpista. A luta será contra as constantes ameaças e ataques de grupos que não aceitam o jogo político democrático, agem através de fake news por meio de um ecossistema de redes sociais de extrema direita, como foi
2018 e 2022.”
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