PSDB sofre colapso eleitoral e vê últimos líderes deixarem a sigla
Em 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff, o partido chegou a controlar 806 prefeituras; em 2024, restaram apenas 273
Os resultados das eleições de 2024 representaram um golpe definitivo na trajetória do PSDB, partido que já vinha em declínio desde 2018.
Segundo levantamento publicado na Folha de S.Paulo, a sigla, que nos anos 1990 e 2000 foi uma das principais forças políticas do Brasil, sofreu uma série de derrotas que marcaram sua saída do cenário político central.
A coligação com o Cidadania, que já havia mostrado fragilidade nas eleições de 2022, não conseguiu deter a queda. Juntas, as duas legendas, que elegeram 37 deputados federais em 2018, viram esse número cair para apenas 13.
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Encolhimento
No Senado, a situação é ainda mais crítica. O PSDB, que nunca teve menos de 10 senadores desde 1990, passou a contar com apenas um representante em 2024. A migração de lideranças, como Alessandro Vieira, Mara Gabrilli e Izalci Lucas para outros partidos, reduziu a representação dos tucanos a Plínio Valério (AM), que enfrenta assédio constante de outras legendas.
O declínio também se reflete nas eleições estaduais e municipais. Entre 1994 e 2010, os tucanos contavam com ao menos seis governadores, agora são apenas três. O número de prefeituras sob comando do PSDB também sofreu um baque histórico: em 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff, o partido chegou a controlar 806 prefeituras; em 2024, restaram apenas 273.
A situação em São Paulo, berço político do PSDB, simboliza essa decadência. Em 2020, o partido havia lançado 400 candidatos para prefeituras; neste ano, foram apenas 65. Nas capitais, os sete candidatos tucanos não chegaram sequer ao segundo turno, algo inédito desde a fundação do partido.
Na cidade de São Paulo, o apresentador José Luiz Datena obteve apenas 1,84% dos votos, e a sigla não conseguiu eleger um único vereador.
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