PSDB, MDB e União formariam “centro político, não necessariamente fisiológico”, diz tucano
No fim da tarde de hoje, os presidentes do PSDB, do MDB e da União Brasil vão se reunir para tentar costurar uma aliança nacional para as eleições deste ano, com ou sem federação, como antecipamos. O Antagonista ouviu dois deputados tucanos que concordam com essa aliança...
No fim da tarde de hoje, os presidentes do PSDB, do MDB e da União Brasil vão se reunir para tentar costurar uma aliança nacional para as eleições deste ano, com ou sem federação, como antecipamos.
O Antagonista ouviu dois deputados tucanos que concordam com essa aliança.
Para Danilo Forte, do Ceará, as três siglas juntas poderiam formar no Congresso o que ele chamou de “centro político, não necessariamente fisiológico”. Ele acrescentou que um possível acordo nesse sentido, hoje ou nos próximos dias, seria “o remédio para a recuperação da história do PSDB e do MDB”.
“Essa [a aliança entre os três partidos] pode ser a média do pensamento político brasileiro em experiência e capacidade de diálogo, para fazer as reformas estruturais de que precisamos, rompendo com os radicalismos”, afirmou.
O deputado Ruy Carneiro, da Paraíba, disse que “essas conversas são sempre importantes”, embora ele considere ser difícil a formação de uma federação envolvendo duas ou, mais ainda, as três siglas.
“São três partidos muito grandes. Você teria muita dificuldade para ajustar a situação nos estados. Mas poderíamos ter a decisão de um apoio a uma candidatura única para presidente. Seria uma construção importante, que fortaleceria o nome escolhido, com pujança e tempo de televisão, por exemplo.”
Ponderamos com Carneiro que, em 2018, Geraldo Alckmin teve um monte de partidos ao seu lado e tempo de televisão considerável, e terminou apenas em quarto lugar, com 4,76% dos votos válidos. Também perguntamos se ele acredita em crescimento da chamada Terceira Via.
“Cada eleição é uma eleição. Com uma comunicação bem feita, é melhor ter tempo de televisão do que não tê-lo. O Nordeste, historicamente, é muito, digamos assim, vermelho. Mas noto que um nome alternativo [a Lula e Jair Bolsonaro] pode crescer depois que começar o processo eleitoral, se esse candidato conseguir se destacar nos debates e apresentar propostas inovadoras, enquanto os outros dois estarão se atacando.”
Mais cedo, noticiamos que União Brasil, MDB e PSDB ensaiam definir o “índice de rejeição” como critério para a escolha da possível candidatura única das três legendas. O grupo não trabalha com a possibilidade de apoiar Sergio Moro, do Podemos, o terceiro colocado nas pesquisas — em algumas sondagens, ele aparece empatado com Ciro Gomes (PDT).
Otavio Leite, do Rio de Janeiro, disse que considera “uma boa iniciativa” uma possível aliança entre União Brasil, MDB e PSDB. “A organização de chapa é algo difícil para todos. Quem sabe essa unidade alicerça uma Terceira Via?”, comentou.
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