O PRTB mantém, em sua página oficial, um banner com um convite para que militares da ativa se filiem ao partido. O que o partido sugere, no entanto, é uma violação ao artigo 142 da Constituição Federal, que diz, expressamente, que “o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos”. 

O estatuto dos militares, de 1980, também proíbe o militar de usar a farda durante manifestações de caráter político-partidário. A legenda conta com cerca de 147.000 filiados no país (a 24ª maior entre as 32 legendas) e é a única a fazer um convite deste tipo.

O partido não respondeu aos contatos de O Antagonista. O PRTB, no entanto, tem certa capilaridade com os da caserna: foi por ele que o general Hamilton Mourão se elegeu vice-presidente em 2018. Bolsonaro cogitou se filiar ali, antes de ir para o PL.

O apoio do vice-presidente não ajudou o partido a crescer exponencialmente – hoje ele possui seis prefeitos (entre 5.568), 13 deputados estaduais (entre 1.024) e 220 vereadores (entre 56.810), sem nenhum membro na Câmara ou Senado.

Desde então, além de perder Mourão (que foi para o Republicanos) o PRTB também perdeu o seu líder histórico, Levy Fidelix, no ano passado.