Proposta quer barrar filho de Marcinho VP em eventos públicos
Em apresentação, Oruam pediu a liberdade de Marcinho VP, vestindo camisa estampada com o rosto do pai
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O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) anunciou a apresentação de uma proposta, apelidada de ‘Projeto de Lei Anti-Oruam’ na Câmara dos Deputados. A iniciativa busca proibir a apologia ao crime organizado por artista contratados para eventos financiados com dinheiro público.
A motivação principal são os shows do rapper Oruam, filho de Marcinho VP, chefe da facção Comando Vermelho, que segundo o parlamentar, tem mensagens ocultas em exaltaçao ao crime organizado em suas letras.
O projeto determina que qualquer apresentação que descumpra esta norma estará sujeita à rescisão imediata do contrato, bem como à imposição de penalidades contratuais, incluindo multas, que poderão ser destinadas a programas de educação para crianças e adolescentes.
Segundo Kataguiri, “é dever do poder público assegurar que crianças e adolescentes sejam protegidos de conteúdos que promovam práticas criminosas ou que possam influenciá-los negativamente. Precisamos garantir que os eventos financiados com dinheiro público respeitem os princípios de proteção à infância e adolescência, incentivando um ambiente cultural responsável”.
Herdeiro do CV?
No festival Lollapalooza, Oruam pediu a liberdade de Marcinho VP, vestido com uma camisa estampada com o rosto do pai. Em entrevista a uma emissora de TV, o filho do chefe máximo de uma das maiores facções do país admitiu que, se não fosse artista, seria “herdeiro”.
“A cadeia deveria servir para ressocializar e não para torturar. Meu pai errou, mas está pagando pelos seus erros e com sobra. Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida. Que quando chegue sua hora, você possa ter sua liberdade! E que o estado realmente deixe você vir como é de direito. Afinal, todos sabem que você já pagou sua pena”, disse Oruam. “Não tentem tirar de uma pessoa o direito de reivindicar condições melhores pro seu pai, e nem de querer vê-lo em liberdade. Te amo, pai”, escreveu o cantor nas redes sociais após o show em que homenageou Marcinho VP.
Oruam x Amanda Vettorazzo
Como mostramos, Amanda Vettorazzo, do União Brasil e integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), registrou um boletim de ocorrência contra o rapper. O episódio ocorreu após uma intensa troca de acusações públicas nas redes sociais.
O conflito teve início quando Amanda apresentou um projeto de lei na Câmara Municipal que proíbe a contratação, por órgãos públicos, de artistas que promovam apologia ao crime organizado.
Em resposta, o rapper usou suas redes sociais para criticar a parlamentar, chamando a vereadora paulistana de “doente mental” e “idiota”. Além disso, ele teria, segundo a denúncia, incentivado seus seguidores a tentar derrubar o perfil da vereadora.
Vettorazzo formalizou a denúncia no 1º Distrito Policial da Polícia Civil de São Paulo, acusando Oruam de injúria, difamação e incitação ao crime. Ela afirmou ter recebido apoio de vereadores de diversas partes do Brasil, interessados em replicar a proposta legislativa em seus municípios.
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