O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo (foto), reiterou que a moeda comum entre Brasil e Argentina em negociação não substituirá as moedas nacionais, real e peso, respectivamente. Galípolo falou em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (23), após agenda de Lula com o presidente argentino, Alberto Fernández.

“A ideia de uma moeda comum é uma moeda que virtualmente poderá fazer o saldo final desse comércio [entre os dois países]”, disse o secretário-executivo.

De acordo com Galípolo, a proposta é criar um grupo de trabalho para “instituir algum tipo de governança coletiva sobre essa unidade de conta e esse meio de troca que pode servir para relações comerciais entre os países da região, que não vá sofrer constrangimento em função da gestão da moeda em outro país terceiro que não está participando”  —o dólar.

Em um primeiro momento, o Brasil realizaria operações em reais com garantias para os importadores argentinos. Segundo Galípolo, a Fazenda consultou a indústria e o setor de manufatura para estudar a viabilidade de tais mecanismos.