Promotor diz que PCC está em crise histórica
Descubra os conflitos internos e tentativas de resgate que abalam o PCC, a maior facção criminosa do Brasil. Análise detalhada dos episódios recentes e suas repercussões.
Em 2018, a cidade de Fortaleza, no Ceará, foi o palco de um violento episódio que abalou as estruturas do Primeiro Comando da Capital (PCC). Os criminosos Gegê do Mangue e Paca foram brutalmente assassinados a tiros a mando de Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. Por não ser membro batizado do PCC, mas ter a confiança de Marcola, líder da organização, Fuminho tem bastante influência dentro da facção.
Divisão e traição no PCC
O promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente, Lincoln Gakiya, revelou que a motivação do assassinato estava ligada a um desvio de cocaína. De acordo com Gakiya, Gegê do Mangue e Paca descobriram que Fuminho, Wagner Ferreira da Silva (Cabelo Duro), André de Oliveira Macedo (André do Rap) e outros estavam utilizando a estrutura do PCC no Porto de Santos para exportar cocaína ao exterior, porém, desviando parte da droga da organização para proveito próprio.
Retaliações e conflitos internos
O episódio gerou uma grande revolta entre os membros da facção, principalmente entre Cego e Tiriça, o que desencadeou um conflito interno sangrento no grupo criminoso. Ao final de 2018, o Gaeco anunciou a descoberta de um plano para resgatar Marcola e outros líderes do PCC, que estavam presos na Penitenciária II de Presidente Venceslau. Segundo Gakiya, essa ação seria liderada por Fuminho e, durante o resgate, Cego seria assassinado. Entretanto, o plano foi frustrado, impedindo mais mortes.
Transferências e afastamentos
No ano seguinte, em 2019, Marcola e outros 21 líderes do PCC foram transferidos para presídios federais, a pedido do próprio Gakiya, após a descoberta do plano de resgate. Entre eles, Tiriça, Vida Loka e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, que já haviam sido removidos anteriormente. Meses depois, Cego, uma das lideranças mais importantes do PCC, foi desligado da facção, devido a divergências internas relacionadas aos assassinatos de Gegê do Mangue e Paca.
Mortes e tentativas de resgate
Ainda em 2021, Nadim Georges Hanna Awad Neto, o Nadim, foi sequestrado e morto pelo “tribunal do crime” do PCC, em razão de sua inabilidade de realizar o planejado resgate de Marcola. Recentemente, em fevereiro de 2022, Patrick Velinton Salomão, o Forjado, ganhou liberdade e ocupa a função de chefe do PCC nas ruas, com a missão de resgatar os líderes da facção.
Os constantes conflitos internos e tentativas de resgate evidenciam a tensão crescente dentro da maior facção criminosa do Brasil. As próximas ações do grupo e a atuação das forças de segurança serão cruciais para o desenrolar desse cenário.
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