Procurador pede ‘sinceras escusas’ a Toffoli e CNMP suspende julgamento
O procurador Diogo Castor de Mattos pediu hoje “as mais sinceras escusas” a Dias Toffoli e aos ministros do STF, e o CNMP decidiu suspender o julgamento de um processo disciplinar contra ele...
O procurador Diogo Castor de Mattos pediu hoje “as mais sinceras escusas” a Dias Toffoli e aos ministros do STF, e o CNMP decidiu suspender o julgamento de um processo disciplinar contra ele.
A relatora do caso, Fernanda Marinela, disse que vai consultar Toffoli sobre a proposta de um acordo para arquivar o caso sem punição ao procurador, diante da retratação.
Castor de Mattos é acusado por Toffoli de falta funcional por causa do artigo “O Mais Novo Golpe contra a Lava Jato”, publicado em O Antagonista em março do ano passado.
No texto, ele disse que a Segunda Turma do Supremo é “a turma do abafa” e a Justiça Eleitoral, “o sonho de todo corrupto”. Toffoli considerou que o procurador ofendeu o Poder Judiciário e os ministros e pediu a abertura de um processo disciplinar.
O procurador comentava a possibilidade de o Supremo transferir para a Justiça Eleitoral o julgamento de todos os crimes considerados “conexos a eleitorais” – o que depois aconteceu. Na visão de Castor de Mattos, a decisão levaria à absolvição ou à aplicação de penas leves a corruptos.
Hoje, ele pediu para falar antes de o julgamento começar para pedir desculpas pelo texto.
“Não foi intenção do autor ofender a honra de integrantes do STF ou da Justiça Eleitoral. Talvez tenha inadvertidamente utilizado palavras de forma descuidada que deram margem a interpretação negativa. Caso tenha ofendido a honra dessas autoridades, em especial dos ministros integrantes da Segunda Turma e do ex-presidente do STF ministro Dias Toffoli, o subscritor, humildemente, pede as mais sinceras escusas e neste ato profere o juízo de retratação”, disse Castor de Mattos.
Mais cedo, o CNMP decidiu instaurar um processo contra Castor de Mattos por causa da contratação de um outdoor em homenagem à Lava Jato.
Leia AQUI o artigo que motivou a instauração do processo a pedido de Dias Toffoli.
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