Processado por chamar PF de “cachorrinhos de Moraes”
Sindicato pede indenização de R$ 56,4 mil a Eduardo Bolsonaro por ele chamar policiais federais de "cachorrinhos de Moraes"
O Sindicato dos Delegados da Polícia Federal do Paraná entrou com uma ação, nesta terça-feira, 15, contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP/foto), solicitando uma indenização de R$ 56,4 mil por danos morais após o parlamentar dizer que a PF “continua sendo cachorrinho de Moraes”.
A ação foi motivada pelas declarações do parlamentar, que também é policial federal, no mês passado, logo após a Polícia Federal indicar o ex-presidente Jair Bolsonaro por fraude em cartões de vacinação da Covid.
Na ocasião, o filho do presidente questionou se a corporação continuaria sendo subserviente ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito responsável pela investigação. As declarações foram dadas ao jornal Diário da Região.
Palavras agressivas
De acordo com a CNN, o sindicato descreve as palavras do parlamentar como agressivas, falsas, injuriosas e ilegais, destacando que tais declarações prejudicam a imagem da corporação.
O sindicato também argumenta que as falas do parlamentar não estão protegidas pela imunidade material conferida a ele em razão de seu foro por prerrogativa de função.
A categoria representada pelo sindicato afirma ter sofrido constrangimentos sérios diante dos ataques mencionados, e busca uma condenação judicial adequada, nos limites estabelecidos pelo Código Civil.
A entidade também exige retratação pública por parte do parlamentar e o pagamento de 500 cestas básicas a uma instituição de Curitiba voltada para a recuperação de pessoas com dependência química.
“A política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal”
Em fevereiro, Eduardo saiu em defesa do pai, Jair Bolsonaro (PL), que foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira, 8, pela Polícia Federal.
Na rede social X, antigo Twitter, o parlamentar relacionou a operação policial a um ato pró-Bolsonaro em São Sebastião, no litoral de São Paulo, e disse que a política do Brasil “é feita no Supremo Tribunal Federal”.
“-28/JAN Super Live marcando retorno de Jair Bolsonaro às lives.
-29/JAN STF Alexandre de Moraes manda Polícia Federal na casa de Bolsonaro em Angra.
-7/FEV grande ato pró Bolsonaro em S. Sebastião.
-8/FEV STF Alexandre de Moraes apreende passaporte de Bolsonaro e prende assessores.
A política do Brasil hoje é feita no supremo tribunal federal.”
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