Presos por ajudar em fuga de Mossoró são soltos
Prisões de suspeitos de ajudar na fuga de dois criminosos da penitenciária de Mossoró são revogadas pela Justiça
A 8ª Vara da Justiça Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, decidiu revogar as prisões preventivas de cinco suspeitos que teriam colaborado para a fuga dos dois detentos da Penitenciária Federal em Mossoró.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 10, e mantida em sigilo, não sendo divulgado o nome do juiz responsável pela determinação nem os nomes dos beneficiados pela sentença.
Além de revogar as prisões, o magistrado também anulou os efeitos de outros dois mandados de prisão que ainda não haviam sido cumpridos. Os alvos desses mandados eram considerados foragidos.
fuga do presídio de segurança “máxima”
Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, integrantes do Comando Vermelho (CV), conseguiram escapar da penitenciária de segurança máxima no dia 14 de fevereiro. A unidade estava passando por reformas internas e, de acordo com investigações preliminares, os detentos teriam utilizado ferramentas encontradas dentro do presídio para abrir um buraco e fugir de suas celas individuais.
Após 50 dias em fuga, Nascimento e Mendonça foram detidos no último dia 4 em Marabá, a cerca de 1,6 mil quilômetros de distância da penitenciária federal. Mais de 500 agentes das forças de segurança federais e estaduais participaram das buscas, resultando na prisão de 14 pessoas, incluindo os dois fugitivos e quatro criminosos que estavam com eles no momento da detenção.
Uma fuga de cinema em Mossoró
Fugitivo da Penitenciária Federal de Mossoró e recapturado por agentes da PF e da PRF Rogério da Silva Mendonça, o Martelo, descreveu a fuga que durou 50 dias como “coisa de cinema”.
Em ligação interceptada pela Polícia Federal, e divulgada pela TV Globo, o criminoso afirmou que dava “para sentir o chulé das botas dos caras”. Mesmo assim, ele e Deibson Cabral Nascimento, o Tatu ou Deisinho, conseguiram avançar até o Pará.
“Começou no cerradinho, assim, passei imprensado [sic], até ficar grande, grande, grande. Foi coisa de cinema, com helicóptero, monte de drone. Foi Deus que me salvou”, disse.
“A gente saiu de lá e dava para sentir o chulé das botas dos caras”. “Eu tô livre… curtindo a vida. E tô bem, cheio de saúde, força, liberdade, pegando um ventozão [sic] aqui. Achei que nunca mais ia ver isso”, acrescentou.
Rogério também revelou quais seriam os próximos passos da dupla formada.
“Acho que não vai mais um mês, porque agora embarcaram numa parte por água, vai vir um carro buscar nós e tirar nós do país.”
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