Presidente da Marcha dos Prefeitos critica vaias a Lula
Ao chegar ao evento, em Brasília, o petista foi recebido com vaias e aplausos, e pareceu incomodado. Paulo Ziulkoski deu bronca nos colegas
O presidente Lula (PT) participou na manhã terça-feira, 23, “Marcha dos Prefeitos”, em Brasília. O evento é organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e tem expectativa de receber mais de 10 mil gestores até quinta-feira, 23.
Ao chegar ao evento, Lula foi recebido com vaias e aplausos, e pareceu incomodado. Em discurso, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, criticou as vaias a Lula.
“Eu já desde logo chamo muito atenção do plenário, que nesse plenário nos temos que primar pelo respeito as nossas autoridades. Não estamos aqui para disputa de direita, de centro, de esquerda, aqui estão os municípios do Brasil representado pelos prefeitos e prefeitas”, afirmou Ziulkoski.
Primeira vez
Essa é a primeira vez que Lula participa do evento neste seu terceiro mandato. Em 2023 ele foi representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O petista faria uma viagem à China na ocasião, porém adiou o compromisso por orientação médica ao ser diagnosticado com broncopneumonia bacteriana e viral.
“Peço encarecidamente ao plenário que aqui não haja vaia, aqui haja nada, nós estamos recebendo convidados e, como tal, eu tenho feito em todas as marchas, quem acompanha sabe disso”, disse Ziulkoski.
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), também estiveram na cerimônia.
Rio Grande do Sul
No evento, o presidente Lula pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul. Lira e Pacheco também pediram ações urgentes para diminuir impactos das mudanças no clima nos municípios brasileiros.
Lira disse o estado gaúcho terá das autoridades federais “todas as ações possíveis, urgentes e apropriadas para diminuir, resolver e minorar o sofrimento dos irmãos do Rio Grande do Sul“. Também afirmou que a catástrofe no sul do país deixa “lições” para o restante do país.
“Em face das tragédias enfrentadas pelos municípios gaúchos, com as recentes cheias, é evidente que os desafios das cidades brasileiras no enfrentamento das mudanças climáticas passam a ocupar um patamar ainda mais elevado ante as preocupações dos gestores públicos”, disse Lira.
Já Rodrigo Pacheco disse que todos são solidários ao Rio Grande do Sul e pediu para que as diferenças políticas fiquem de lado. O senador afirmou que é preciso encontrar um “caminho de centro e de resultados” para o estado.
“O maior problema da vida nacional é o que acontece hoje no estado do Rio Grande do Sul”, disse.
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