Presidente da CUT critica “ação criminosa daquela trupe de Curitiba”
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre (foto), classificou a Operação Lava Jato como uma ação criminosa durante discurso nesta sexta-feira (11). Durante discurso...
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre (foto), classificou a Operação Lava Jato como uma ação criminosa, nesta sexta-feira (11). Durante discurso no relançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o líder sindical atribuiu à “trupe de Curitiba” as dificuldades econômicas que levaram grandes empreiteiras a fecharem as portas após serem pegas em esquemas ilícitos.
Ele disse que a Lava Jato foi responsável pela extinção de empresas do setor de engenharia e infraestrutura do país. “Infelizmente aquela trupe lá de Curitiba, com a ação política deles, desmantelaram esse setor presidente“, disse, emendando: “O resultado da ação desastrada e criminosa daquele pessoal fez com que muitas empresas do setor fechassem“.
Nobre rasgou elogios à Camargo Corrêa, uma das empreiteiras investigadas pela Lava Jato, e disse que, depois de ser expostas pela operação, a companhia se endividou tanto que teve de ser fatiada e vendida para empresas estrangeiras.
“Infelizmente, aquela trupe lá de Curitiba, com a ação política deles, desmantelou o setor”, diz o presidente da CUT, Sérgio Nobre, durante o relançamento do PAC. Ele criticou a “ação criminosa" da Operação Lava Jato contra grandes empresas brasileiras. pic.twitter.com/j2Suigj1Z0
— O Antagonista (@o_antagonista) August 11, 2023
O dirigente sindical mencionou ainda um estudo feito pela CUT e pelo Dieese para apresentar o “saldo que essa operação deixou em termos de emprego e para a economia brasileira”. Segundo o levantamento, o Brasil perdeu 4,4 milhões de empregos “dado o ataque da Lava Jato a esse setor” e “o Estado deixou de arrecadar R$ 47 bilhões”.
Ao contrário do que diz o presidente da CUT, as empresas investigadas na Lava Jato se desmantelaram porque foram flagradas em atos de corrupção — que seus próprios dirigentes admitiram depois de serem confrontados.
Apenas recentemente, após pagarem parte de suas penas, empresas como a antiga Odebrecht — hoje Novonor — voltaram a ter direito de participar de licitações. A Petrobras habilitou no mês passado empresas como Andrade Gutierrez e UTC para novos negócios com a petroleira.
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