Presidente da CPI do MST também ameaça deixar o Republicanos
Em entrevista a O Globo nesta quinta (10), o presidente da CPI do MST, Tenente-Coronel Zucco (RS, foto), afirmou que deve sair do Republicanos caso seu partido decida aderir ao governo Lula (PT)...
Em entrevista a O Globo nesta quinta (10), o presidente da CPI do MST, Tenente-Coronel Zucco (RS, foto), afirmou que deve sair do Republicanos caso seu partido decida aderir ao governo Lula (PT).
A legenda vem negociando para que o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) ocupe um ministério. Na última quarta (9), como publicamos, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também sugeriu que sairá da sigla caso ela passe a fazer parte da base aliada de Lula.
“Vou manter a minha posição contrária a qualquer entrada”, declarou Zucco, fiel apoiador de Jair Bolsonaro. “Não acredito que o Republicanos vai fazer parte do governo, mas caso assim o faça, não tenho dúvidas que inúmeros apoiadores vão preferir migrar para outra legenda. Caso faça parte, vou entrar em contato com a legenda. Realmente não está na minha vontade estar num partido alicerceado com o governo Lula.”
O deputado disse também que vai tentar reverter o esvaziamento da CPI do MST. Depois de ex-militantes sem-terra exporem os podres do movimento em depoimentos ao colegiado, uma manobra capitaneada pelo Planalto e por Arthur Lira (PP-AL) fez União Brasil, MDB, PP e Republicanos trocaram membros da CPI, tirando bolsonaristas e colocando parlamentares alegadamente mais “neutros”; com isso, a oposição não consegue mais aprovar requerimentos que desagradem ao governo.
Segundo O Globo, Zucco tenta reverter o cenário junto a Lira e ao líder da bancada ruralista, Pedro Lupion, para trazer os integrantes anteriores de volta. “Me gerou decepção. Foi muito negativo para os parlamentares que foram afetados: tanto eu na presidência como os outros dois que souberam dos seus desligamentos pela imprensa”, disse o deputado.
O mais provável, porém, é que o colegiado encerre suas atividades em 14 de setembro sem pedido de prorrogação, como disse seu relator, Ricardo Salles (PL-SP), a O Antagonista.
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