A presidência do Senado é a ‘tábua de salvação’ de Renan
Adversários de Renan Calheiros na disputa à presidência do Senado têm dito que o maior inimigo do alagoano é ele mesmo. Com Lula preso, Sarney fora do Congresso, Dilma no anonimato e Jucá derrotado nas urnas, Renan talvez tenha virado...
Adversários de Renan Calheiros na disputa à presidência do Senado têm dito que o maior inimigo do alagoano é ele mesmo.
Com Lula preso, Sarney fora do Congresso, Dilma no anonimato e Jucá derrotado nas urnas, Renan talvez tenha virado o principal símbolo da velha política (ainda) em atuação no Brasil.
Ele sabe disso. Não à toa, ainda no dia da eleição, começou a disparar ligações e mandar mensagens para eleitos e reeleitos. Era o início da campanha.
Apagado durante o mandato de Eunício Oliveira, Renan terminou o ano legislativo com seu velho jeito intempestivo. Colegas dizem que o senador demonstrou ainda mais “inquietação” depois que Sergio Moro foi confirmado por Jair Bolsonaro no Ministério da Justiça.
Buscar voltar à presidência do Congresso é, na análise de senadores que já convivem com Renan, uma “tábua da salvação” para que ele tenha mais chance de “barganhar com o Executivo”.
Ao mesmo tempo em que os pares alegam que se sentem “protegidos” com Renan no comando, há o sentimento — claro que correto — de que não será bom para o andamento da Casa tê-lo novamente no cargo máximo.
O motivo é simples: o Senado teve 85% de renovação nas eleições de outubro e a pressão da sociedade será enorme. Os que estão chegando agora a Brasília, apesar de reconhecerem o que chamam de “experiência” e “carisma” de Renan, já parecem compreender que não faz sentido ter um senador alvo de 14 procedimentos criminais como líder.
Os poucos e barulhentos sobreviventes da velha política, porém, estão trabalhando. E continuarão trabalhando enquanto os brasileiros estiverem curtindo as festas de fim de ano.
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