Precisa Medicamentos apresentou procuração falsa ao Ministério da Saúde, diz CGU
O ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União, afirmou há pouco que a Precisa Medicamentos apresentou uma procuração falsa da Bharat Biotech durante as negociações para a venda da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde.
O ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União, afirmou há pouco que a Precisa Medicamentos apresentou uma procuração falsa da Bharat Biotech durante as negociações para a venda da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde.
Agora, a CGU pretende intensificar as investigações sobre o caso e, dependendo do resultado dessa nova apuração, a empresa pode ser multada ou até proibida de efetuar contratos com o governo federal.
“A Bharat não emitiu e não autorizou a emissão desse documento”, disse o ministro da CGU.
A CGU detectou inconsistências técnicas na procuração apresentada pela Precisa Medicamentos. Após perícia no documento, a CGU descobriu que o corpo da procuração estava escrito em português e que outras informações como cabeçalho, rodapé, assinatura e saudações do diretor-executivo da Bharat Biotech estavam em inglês.
“Isso era uma coisa que não se assemelhava muito aos demais documentos da Bharat Biotech e a equipe aprofundou esses dois pontos”, disse Rosário.
“O que nos demonstrava era que o texto em português havia sido colado nesse documento e apresentado digitalizado como forma de comprovação dos poderes de representação da Bharat Biotech no processo [de negociação com o Ministério da Saúde]”, disse o ministro da CGU.
Durante a investigação, a Precisa se manifestou em 14 de julho alegando que não tinha a procuração original da farmacêutica indiana. A Bharat Biotech confirmou para a CGU, em 22 de julho, que não havia assinado a procuração em favor da Precisa Medicamentos.
“Agora, vamos aprofundar isso e a partir dai vamos ver quem confeccionou o documento em que Bharat assume que não autorizou e não emitiu. Quando isso acontecer, dentro dos papeis da CGU temos a responsabilização da empresa, pela lei anticorrupção, pode gerar sanções de idoneidade e multa”, declarou Rosário.
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