Por que alguns do governo querem manter as estatais
Ministros e outros funcionários de alto escalão do governo usam brechas da lei para continuar recebendo pagamentos extras em conselhos de estatais, revela reportagem de Helena Mader na Crusoé...
Ministros e outros funcionários de alto escalão do governo usam brechas da lei para continuar recebendo pagamentos extras em conselhos de estatais, revela reportagem de Helena Mader na Crusoé.
“O inchaço da máquina pública é uma das razões para as vultosas despesas com jetons. Existem hoje 202 estatais federais, 46 de controle direto e 156 de controle indireto. As 19 empresas dependentes do Tesouro têm uma folha de pessoal bilionária, que drena recursos de investimentos. O ritmo das privatizações foi lento em 2019, mas o governo promete vender 150 bilhões em 300 ativos este ano, se o Congresso aprovar novas regras para agilizar o processo de desestatização.
A legislação prevê a indicação de representantes da União para os conselhos de administração das empresas públicas, mas não estabelece a necessidade de pagamento de remuneração. A legislação determina apenas que, se houver pagamento, os jetons não podem ultrapassar, em nenhuma hipótese, 10% do salário dos diretores da empresa. E a regra, obviamente, não obriga os servidores indicados a receberem o extra para integrarem essas instâncias decisórias. Mas a nomeação para a cúpula das estatais não segue a lógica do interesse público. Desde os governos FHC e Lula, os jetons viraram uma complementação salarial de altos funcionários do Executivo e de amigos dos poderosos de plantão.”
Leia a íntegra na Crusoé:
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