Polícia investiga marido de deputada preso com dinheiro na cueca
Renildo Lima, marido da deputada Helena da Asatur (MDB-RR), é acusado de crimes relacionados a compra de votos
A Polícia Federal apreendeu pelo menos 2 milhões de reais em cerca de uma semana em apurações relacionadas a compra de votos em Roraima. A última apreensão aconteceu na segunda-feira, 9, envolvendo o empresário Renildo Lima, preso em flagrante com dinheiro na cueca (foto). Ele é marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR).
Além de Renildo, outras cinco pessoas, entre os quais estavam dois policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foram detidas após sacarem 500 mil reais em espécie no banco.
Todos eles são investigados por prática de crimes eleitorais e associação criminosa armada.
1 milhão de reais em três dias
A Polícia Federal apreendeu mais 1 milhão de reais em dinheiro vivo em apenas três dias.
Na sexta-feira, 6 de setembro, foram apreendidos 500 mil reais divididos em cinco pacotes de notas de 100 reais. Em 4 de setembro, duas operações apreenderam juntas 520 mil reais, além de celulares e material de campanha.
“Todos os fatos estão em apuração, não sendo possível a divulgação dos nomes dos envolvidos”, divulgou a PF.
O que Helena da Asatur diz sobre a prisão do marido?
Nas redes sociais, a deputada Helena da Asatur, eleita em 2022, com 15.848 votos, criticou a ação da PF, embora o marido tenha tentado esconder o dinheiro na cueca.
“Acreditar que movimentar o próprio dinheiro é sinônimo de compra de votos é pura ignorância. Agora, devemos fechar as empresas em período eleitoral? Só o que faltava.”
Casos famosos de dinheiro na cueca
Renildo Lima não foi o único a ser preso no Brasil com dinheito na cueca.
Em outubro de 2020, o senador Chico Rodrigues (PSB) foi flagrado com 33 mil reais na cueca durante buscas da Polícia Federal em sua residência.
O parlamentar, que na época era vice-líder do governo no Senado, foi pego com dinheiro entre as nádegas na operação Desvid-19, que apurava um esquema de desvio de 20 milhões de reais destinadas à Secretaria de Saúde de Roraima.
Na época do mensalão, José Adalberto Vieira da Silva, assessor do deputado José Guimarães (PT-CE), foi preso, em 2005, com 200 mil reais em uma mala e 100 mil dólares escondidos na cueca.
O caso, no entanto, prescreveu em 2021.
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