Polícia encontra 9 corpos carbonizados na região metropolitana de Salvador
A polícia da Bahia encontrou, nesta segunda-feira (28), nove corpos na cidade de Mata de São João, região metropolitana de Salvador, na Bahia. Os cadáveres estavam...
A polícia da Bahia encontrou, nesta segunda-feira (28), nove corpos na cidade de Mata de São João, região metropolitana de Salvador, na Bahia. Os cadáveres estavam em duas casas próximas na região conhecida como Portal do Lunda. Seis adultos e três crianças estão entre as vítimas — um adolescente foi resgatado com queimaduras graves.
De acordo com a Polícia Militar, duas mulheres foram encontradas mortas com ferimento de tiros em uma das casas. Os outros corpos, que foram encontrados carbonizados, estavam em outra casa próxima. Entre as hipóteses consideradas pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) está a de chacina.
Com mais de 50% do corpo carbonizado, o adolescente de 12 anos foi encaminhado, em estado grave, para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.
Reportagem da Crusoé destacou recentemente a crise de violência que a Bahia enfrenta. De acordo com a matéria, nenhuma polícia estadual mata mais e nenhum estado tem tantas mortes violentas em tantos estratos da sociedade como a Bahia. Há três anos, o estado é considerado o mais violento do país.
Para o coronel da reserva da PM paulista José Vicente da Silva, que falou à Crusoé, “a Bahia é um caso de intervenção federal”. “O Brasil precisa ter um ‘Conselho Nacional de Polícias’, ao estilo do CNMP e CNJ, para fazer intervenções quando o estado está colocando em risco a segurança”.
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, acionou a Ouvidoria Nacional para investigar possíveis abusos nas operações. Na nota enviada ao órgão ele diz, “Intervenções policiais que resultam em números expressivos de mortes não são compatíveis com um país que se pretende democrático e em consonância com os direitos humanos”.
Segundo o coronel José Vicente, a crise da violência na Bahia é a pior dos últimos dez anos, “O atual governo herdou problemas das duas gestões anteriores. Ele não veio com uma política clara do que fazer com a segurança pública e, quando eclode essa crise, evidencia que a polícia está sem controle”, disse o especialista à Crusoé.
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