“Pode haver uma união de desconhecidos pelo bem do país”
Miguel Reale Júnior, coautor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, trata no Estadão das manobras para melar a Lava Jato e de como a população pode reagir: "A sensação de impunidade instala-se com a mudança de posição do ministro Gilmar Mendes no sentido de que...
Miguel Reale Júnior, coautor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, trata no Estadão das manobras para melar a Lava Jato e de como a população pode reagir:
“A sensação de impunidade instala-se com a mudança de posição do ministro Gilmar Mendes no sentido de que é necessário o julgamento final pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou pelo STF para dar execução à pena confirmada em juízo de segunda instância, quando se esgota a análise de mérito, sendo impossível qualquer reexame posterior da prova. Dar efeito suspensivo aos recursos ao STJ ou ao STF, o que deveria ser exceção, mas vira regra, faz nascer na população a convicção de que se instala a impunidade dos mais fortes, aptos a prolongar indefinidamente os processos.
(…) Os acusados de corrupção superam as discórdias do passado para se unirem numa causa comum: desmoralizar a ação moralizante da persecução penal dos desvios de dinheiro das entidades públicas como Petrobrás, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES, para os partidos políticos e seus líderes. Com sofreguidão, buscam saídas para escapar da aplicação da lei penal.
(…) É preciso, então, organizar grande campanha pelas redes sociais no sentido de se votar em candidatos comprometidos em realizar a reforma política e em adotar transparência e medidas rígidas de governança na administração pública. Acreditem na força do novo ator político, você, todos nós, por via dos novos meios de comunicação. Pode haver uma união de desconhecidos pelo bem do país.”
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