O PL, partido ex-presidente Jair Bolsonaro, oficializou nesta segunda-feira, 22, a candidatura do deputado Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. A cerimônia foi acompanhada de perto pelo ex-prefeito de Duque de Caxias e presidente estadual do MDB, Washington Reis, cujo partido pleiteia a indicação de vice na chapa.

Durante o evento, Ramagem indicou que procura uma mulher para a composição da chapa. Recentemente o pré-candidato teve uma reunião reservada com Reis e com o deputado federal Altineu Côrtes, presidente do diretório estadual do PL. O MDB negocia a indicação da ex-deputada Roseane Félix como vice.

“Estamos trabalhando [na definição]. Ainda não sabemos se será uma coligação, e desejamos que seja uma coligação, ou se será o PL puro. Talvez essa semana a gente decida”, disse Ramagem.

Além de Roseane Félix, as deputadas do PL Chris Tonietto e India Armelau também são cotadas. O Republicanos e o MDB, até o momento, são os partidos que encampam a candidatura de Ramagem no Rio.

Bolsonaro ausente

A convenção do PL não contou com a presença de Jair Bolsonaro, o ex-presidente, no entanto, esteve ao lado de Ramagem em eventos na semana passada. A manutenção da candidatura aconteceu mesmo após a revelação do áudio em que o pré-candidato gravou uma reunião do ex-presidente enquanto ele era diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Em um dos trechos da gravação, Bolsonaro se ofereceu para conversar com o as autoridades da Receita Federal e da Previdência para tratar sobre as investigações sobre as supostas rachadinhas no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Participaram da reunião, além de Bolsonaro e Ramagem, o general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, representantes de Flávio.

Como mostramos, o ex-secretário da Receita Federal José Barroso Tostes se reuniu com as advogadas de Flávio diversas vezes após a reunião gravada por Ramagem. Em um dos eventos, Bolsonaro disse estar sendo “perseguido”.

 “Amanhã podem ir na porta da minha casa pela quarta vez, a Polícia Federal. Vai lá buscar o cartão de vacinas, eu não me vacinei. Vai lá buscar meu passaporte. [Vão] Tentar me achincalhar, me esculachar, mas não acham nada. Porque não tem”, disse o ex-presidente.