PL aciona Justiça Eleitoral contra pronunciamento de Lula
A sigla do ex-presidente Bolsonaro alega que o petista aproveitou o espaço para fazer "propaganda eleitoral extemporânea"
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, pretende acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a retirada do último pronunciamento feito em cadeia nacional pelo presidente Lula (PT) de todas as mídias em que o conteúdo tenha sido veiculado. A sigla alega que o petista aproveitou o espaço para fazer “propaganda eleitoral extemporânea”.
A contestação vai na mesma linha feita pelo PSDB após o pronunciamento de Lula do último domingo, 28. Na transmissão, o presidente fez um balanço de seu governo e o comparou com o de seu antecessor, Jair Bolsonaro. O petista afirmou que a gestão passada deixou o país “em ruínas”.
“Cortaram os recursos da educação, do SUS e do meio ambiente. Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família. Mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas”, disse Lula.
Segundo o PL, o presidente Lula usou o pronunciamento para “comparar forças políticas diferentes”. “Não se pode admitir que o mandatário maior da nação se utilize de pronunciamento em cadeia nacional para: comparar forças políticas antagônicas e realizar críticas ao governo anterior, exaltando supostas qualidades pessoais do Presidente da República e de seu partido”, argumenta o partido.
Lula foi multado após propaganda eleitoral
Essa não é a primeira vez que Lula é acionado judicialmente por propaganda eleitoral antecipada em 2024.
O presidente foi multado em R$ 20 mil pela Justiça Eleitoral por campanha antecipada à prefeitura de São Paulo em favor de Guilherme Boulos (PSOL) durante evento alusivo ao 1º de maio.
Boulos também foi multado, mas em um valor menor: R$ 15 mil.
O próprio Palácio do Planalto afirmou em maio, nos bastidores, que a punição para Lula já estaria precificada.
Durante o evento organizado por centrais sindicais no Dia do Trabalhador, na zona leste da capital paulista, Lula afirmou que as eleições em São Paulo seriam uma verdadeira guerra e pediu explicitamente aos seus eleitores que votassem em Boulos para prefeito.
Lula e seus auxiliares acreditam que Boulos pode ter conquistado alguns bons votos após a campanha antecipada em maio, principalmente na periferia.
Um dos maiores críticos do aceno público do petista foi o presidente do MDB, Baleia Rossi. Em postagem nas redes sociais, o dirigente partidário disse que Lula não respeitou a democracia ao se manifestar em prol do adversário do prefeito Ricardo Nunes, que também é do MDB.
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