PGR pode unificar acusações contra Bolsonaro por golpe, joias e fraude
A expectativa é que as apurações sejam concluídas nos próximos dias, possivelmente levando a um indiciamento formal de Bolsonaro e membros de seu círculo próximo
A Procuradoria-Geral da República pode apresentar uma denúncia única contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, englobando acusações de tentativa de golpe de Estado, venda ilegal de joias e fraude em cartões de vacinação.
Essa alternativa surge após a revelação de um plano que visava assassinar lideranças como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
A Polícia Federal identificou que o grupo próximo a Bolsonaro utilizava táticas semelhantes às das “milícias digitais” para atacar instituições e disseminar desinformação. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aguarda o relatório final da PF, que detalhará as conexões entre as diversas investigações em andamento.
Entre os principais alvos das apurações está Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. De acordo com a PF, ele teria inserido dados falsos de vacinação nos sistemas do SUS, seguido ordens do ex-presidente para vender joias desviadas do acervo oficial e contribuído para um plano golpista que incluía a elaboração de uma minuta de decreto antidemocrático.
As investigações revelaram que Bolsonaro e seus aliados consideraram a decretação de estado de sítio e a suspensão das eleições de 2022. A PF também apura se estruturas paralelas na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram utilizadas para espionar adversários e apoiar a tentativa de golpe.
O ministro Alexandre de Moraes, em decisão recente, apontou que os indícios de conexão entre os casos demonstram a atuação de uma “organização criminosa” e determinou o compartilhamento de provas entre os inquéritos. Moraes destacou que os crimes investigados incluem monitoramento de alvos e planejamento de sequestros, ressaltando a extrema “periculosidade” dos envolvidos.
A expectativa é que as apurações sejam concluídas nos próximos dias, possivelmente levando a um indiciamento formal de Bolsonaro e membros de seu círculo próximo. O ex-presidente nega as acusações e afirma que debater a Constituição não configura crime.
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Comentários (2)
Paulo Pires
21.11.2024 11:22Agora o Bozo vai pegar uma cadeia e a Michelle vai servir marmita. Só assim para Luladrão não se reeleger em 2026!
Marcia Elizabeth Brunetti
21.11.2024 08:12Acho que os Bolsominios já podem dar adeus à reeleição. Agora o importante é centrar os esforços para colocar o Lula na prisão novamente. Desejo que se encontrem no Presídio para dividir a marmita.