PGR ainda busca R$ 1 milhão de delator de Cunha na Suíça
Três anos e meio após a validação da colaboração premiada pelo Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República ainda tenta repatriar R$ 1 milhão de contas na Suíça ligadas Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa e um dos principais delatores do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ)...
Três anos e meio após a validação da colaboração premiada pelo Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República ainda tenta repatriar R$ 1 milhão de contas na Suíça ligadas Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa e um dos principais delatores do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ).
O acordo fechado entre Cleto e o MPF previa que o dinheiro deveria voltar ao Brasil seis meses após a assinatura. O problema para a transferência tem sido a documentação. Ao longo de 2019, autoridades suíças enviaram ao Brasil diversos pedidos para que o colaborador assine novos formulários para a liberação dos valores.
As autoridades suíças bloquearam de Cleto cerca de CHF 240.000,00. Indicado pelo grupo de Cunha para ocupar o cargo na Caixa, Cleto fez parte do conselho do Fundo de Investimento do FGTS, opinando na liberação de recursos para empresas. Em sua delação, ele afirmou que usava influência do cargo para cobrar propina das empresas em troca da liberação dos recursos e que chegava a atrapalhar a aprovação de projetos, a pedido de Cunha.
Em sua delação, mencionou pagamentos de propina por ao menos dez empresas em troca da liberação dos recursos do FI-FGTS, reconheceu ter embolsado cerca de R$ 7,3 milhões do esquema e afirmou que também houve a participação de Cunha e do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro.
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