PGR agora diz que Lava Jato nunca comprou equipamento de grampo
A Procuradoria-Geral da República admitiu que a força-tarefa da Lava Jato do Paraná nunca teve equipamentos de interceptação telefônica. Esse foi um dos pretextos de Augusto Aras para fazer uma devassa nas salas e arquivos dos procuradores no ano passado...
A Procuradoria-Geral da República admitiu que a força-tarefa da Lava Jato do Paraná nunca teve equipamentos de interceptação telefônica. Esse foi um dos pretextos de Augusto Aras para fazer uma devassa nas salas e arquivos dos procuradores no ano passado.
Em resposta a um pedido de acesso à informação de Malu Gaspar, do Globo, o vice-procurador da República, Humberto Jacques de Medeiros, afirmou que o único sistema “guardião” do Ministério Público Federal foi comprado em 2005 e cedido em 2008 à Polícia Federal. A Lava Jato só começou em 2014.
Desde que a suspeita de que os procuradores de Curitiba grampeavam investigados surgiu, no ano passado, a Procuradoria Regional da República do Paraná insistiu em mostrar que foi adquirido apenas um sistema de gravação interno dos ramais usados pelos próprios procuradores.
Ainda no ano passado, quando, a mando de Aras, a subprocuradora Lindôra Araújo apareceu em Curitiba para inspecionar as instalações da Lava Jato, os procuradores esclareceram que sistema de gravação foi adquirido em 2015 em razão de ameaças que a equipe sofria à época, no auge da operação, e que se tornaram objeto de investigação própria.
Cabia aos próprios procuradores pedir que o sistema gravasse suas ligações.
Mesmo com o esclarecimento, Aras conseguiu abrir na Corregedoria do MPF um inquérito administrativo para apurar supostas irregularidades da força-tarefa. A apuração é sigilosa e até hoje nada foi apresentado.
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