PF retorna à casa de Domingos Brazão
Os agentes da PF também estiveram na residência Robson Calixto Fonseca, o Peixe, assessor de Domingos Brazão, para nova operação de busca e apreensão
A Polícia Federal retornou à casa do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, para cumprir novos mandados de busca e apreensão.
Os agentes da PF também estiveram na residência Robson Calixto Fonseca, o Peixe, assessor de Domingos Brazão investigado por ter intermediado o encontro entre os irmãos Brazão e o ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle.
Ambos os mandados foram cumpridos na sexta-feira, 5.
Segundo O Globo, foram apreendidos dois celulares nos endereços residenciais de Domingos e Peixe.
A prisão de Domingos Brazão
Operação conjunta da Procuradoria-Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu em 24 de março três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Além de Domingos Brazão, foram detidos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
Também foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Impunidade
Domingos Brazão havia sido preso pela Lava Jato cerca de um ano antes, em 29 de março de 2017, durante a Operação Quinto do Ouro, desdobramento da força-tarefa anticorrupção no Rio de Janeiro.
Vereador, deputado estadual por cinco mandatos consecutivos (1999-2015) e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) eleito em 2015 pela maioria dos pares na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj), ele foi alvo de mandado de prisão temporária, junto a quatro outros conselheiros, no âmbito de investigação de fraude e corrupção no tribunal. A operação teve como base a delação premiada de Jonas Lopes, ex-presidente do TCE, e também atingiu o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Alerj Jorge Picciani.
Os conselheiros foram acusados de receber propinas em troca de vista grossa sobre desvios em obras no estado. As vantagens indevidas incluíam uma mesada de 70 mil reais para cada um, que seria paga pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor).
Brazão, no entanto, não permaneceu na cadeia. O ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, revogou em 7 de abril de 2017 as prisões temporárias dos cinco conselheiros, alegando falta de pedido da Polícia Federal por novas diligências e estabelecendo que eles não poderiam deixar a cidade, deveriam entregar os passaportes em 24 horas e não poderiam ter contato com ninguém do TCE.
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