PF no DNIT
A Polícia Federal deflagrou há pouco a Operação Daia, com o objetivo de aprofundar investigações referentes à atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos no âmbito do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Um dos alvos é o diretor de Infraestrutura Ferroviária, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas, que foi afastado do cargo...
A Polícia Federal deflagrou há pouco a Operação Daia, com o objetivo de aprofundar investigações referentes à atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos no âmbito do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Um dos alvos é o diretor de Infraestrutura Ferroviária, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas, que foi afastado do cargo.
Estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores nas contas dos investigados, além do afastamento de servidores públicos de suas funções.
As investigações apontam que, desde que venceu a licitação promovida pela Receita Federal para exploração do Porto Seco de Anápolis, em Goiás, a empresa Aurora da Amazônia Terminais e Serviços passou a enfrentar problemas na fase de habilitação em relação ao terreno apresentado por ela para a construção do porto.
Segundo a PF, a empresa contratou lobistas para viabilizar a aquisição de um terreno do DNIT situado no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) por preço bem abaixo do valor de mercado.
Ainda segundo a investigação, “os lobistas utilizaram-se do pagamento de propina para arregimentar servidores públicos do DNIT, que passaram a cuidar dos interesses da empresa junto à autarquia”. “A avaliação do terreno foi realizada pelo DNIT por 11 milhões, bem abaixo do valor de mercado de 44 milhões, conforme perícia realizada pela Polícia Federal.”
A investigação contou com a colaboração da Subsecretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura. Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa.
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