PF investiga fraude em candidaturas femininas no Amapá
A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (14), em Macapá (AP), em investigação que apura suposta fraude em candidaturas femininas...
A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (14), em Macapá (AP), em investigação que apura suposta fraude em candidaturas femininas.
São investigados possíveis crimes de associação criminosa, falsidade ideológica eleitoral, captação ilícita de sufrágio e peculato num esquema de compra de votos.
Também teria sido feita captação de pessoas para candidaturas femininas “laranjas”, mediante o oferecimento de vantagem indevida com o dinheiro do fundo partidário.
Os mandados de busca foram expedidos pelo TRE do Amapá (TRE/AP) e cumpridos na casa do acusado de chefiar o esquema, no comitê de campanha de um deputado estadual e no gabinete desse parlamentar na Assembleia Legislativa amapaense. Os nomes, assim como o partido envolvido, não foram divulgados.
A PF verificou que um policial penal, também assessor de um parlamentar estadual, teria oferecido a uma PM uma oportunidade para que fosse candidata ao pleito de 2022, pois haveria espaço para uma militar ser candidata no partido.
À PM foi oferecida uma dispensa de 90 dias em razão do prazo para desincompatibilização, no qual ela receberia seus vencimentos integrais e uma cota de R$ 30 mil do fundo partidário para ser utilizada em sua campanha.
De acordo com as investigações, o policial penal informou à PM que a assessoria de um parlamentar estadual se encarregaria de obtenção de votos para ela, o que configura indícios de compra de votos.
Na tentativa de convencimento, o acusado também prometeu um cargo na Assembleia Legislativa. No esquema de candidatura laranja, o investigado disse à possível candidata que ela não precisaria fazer campanha, mas apenas gravar a propaganda eleitoral.
Segundo a PM, a investigação também constatou que o executor da fraude procuraria outras possíveis candidatas caso a PM não aceitasse a proposta.
Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica eleitoral, associação criminosa e compra de votos, cujas penas somadas podem chegar a 27 anos de reclusão.
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