PF diz que Cid tentou vender Kit Chopard por 120 mil dólares em leilão
Uma das áreas mais nobres de Manhattan, o Diamond District (distrito do diamante) abriga uma das empresas de joias usadas pelo coronel Mauro Cid, o seu pai, general Mauro César Loure na Cid e do...
Uma das áreas mais nobres de Manhattan, o Diamond District (distrito do diamante) abriga uma das empresas de joias usadas pelo coronel Mauro Cid, o seu pai, general Mauro César Loure na Cid e do advogado pessoal da família Bolsonaro, Frederick Wassef, para a compra e venda de joias e pedras preciosas que são propriedade da Presidência da República. A revelação foi feita pela Polícia Federal e está na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou a Operação Lucas 12:2.
No local, localizado no centro de Nova York, está a Fortuna Auctions, empresa de leilões de joias e pedras preciosas. Em uma das mensagens encontradas no celular de Mauro Cid, o coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro demonstra interesse em saber se um kit de relógio, caneta e corrente em ouro rosé da marca Chopard havia sido efetivamente vendido. No dia 13 de fevereiro deste ano, Cid cobra a retirada do produto da lista de venda do leilão. O problema seria a divergência básica: o item pertence à Presidência da República, e não a Bolsonaro, que recebeu o bem.
“Liga pra ele”, diz Mauro Cid em um áudio a um interlocutor, referindo-se a Marcelo da Silva Vieira, da área de Documentação Histórica do Palácio do Planalto. “Ele tinha me falado, ele me garantiu que poderia, que o presidente poderia fazer o que quisesse, porque isso são itens personalíssimos”. O item, ao final, acabou não sendo vendido e, posteriormente, devolvido ao acervo.
“Só dá pena pq estamos falando de 120 mil dólares”, escreveu Cid. “O problema é depois justificar e para onde foi. De eu informar para a comissão da verdade. Rapidamente vai vazar.”
A denúncia, rica em mensagens e diagramas explicando os desvios de bens pelo entorno de Jair Bolsonaro, mostra como se deu o périplo do kit, originalmente dado como presente pelo governo da Arábia Saudita.
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