PF deve concluir inquérito sobre golpe de Estado nesta semana
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, tem acompanhado de perto o andamento dessa investigação
A Polícia Federal pretende concluir, até a próxima sexta-feira, as investigações relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida no final do governo Jair Bolsonaro.
Segundo os investigadores, o relatório com todas as informações está em fase final de elaboração e será entregue nesta semana ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, tem acompanhado de perto o andamento dessa investigação para evitar falhas ou eventuais contestações.
A expectativa é que a PF peça o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, dos ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, entre outros personagens.
Ainda segundo investigadores, o material coletado durante a Operação Contragolpe não deve ser utilizado no relatório a ser enviado ao ministro Alexandre de Moraes. Isso porque os dados obtidos nesta quarta-feira ainda vão passar por perícia.
O novo depoimento do Mauro Cid a Alexandre de Moraes
O ministro do STF Alexandre de Moraes intimou o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid a dar explicações sobre por quais razões ele omitiu de sua delação premiada o plano para tentar “neutralizar” o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Como mostramos, investigadores da Polícia Federal responsáveis pelas apurações sobre a suposta tentativa de se dar um golpe de Estado pediram a anulação do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
A oitiva está marcada para esta quinta-feira, às 14h
Nesta terça-feira, Mauro Cid prestou depoimento na sede da Polícia Federal em Brasília. No entanto, na visão de investigadores, o ajudante de ordens entrou em contradição em vários momentos e não conseguiu explicar por qual motivo não entregou aos integrantes da PF o detalhamento do suposto plano para ser “neutralizar” o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
As suspeitas contra Cid ocorreram após a PF conseguir recuperar várias informações do celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ao longo deste ano. O recolhimento de dados ocorreu após o aparelho ser escaneado por um equipamento de investigação israelense.
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