PF cumpre mandados de busca e apreensão por fraude de alvarás
De acordo com as investigações, a organização criminosa conseguiu sacar ilegalmente cerca de R$ 4 milhões com as fraudes
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira, 19, a terceira fase da operação Juízo Paralelo, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha especializada em fraudar alvarás da Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro. Segundo as autoridades, o grupo criminoso utilizava certificados digitais falsos em nome de magistrados para realizar as fraudes.
De acordo com as investigações, a organização criminosa conseguiu sacar ilegalmente cerca de R$ 4 milhões, causando um prejuízo significativo aos cofres públicos. O montante total dos alvarás falsificados que seriam utilizados para saques indevidos chegava a impressionantes R$ 62 milhões.
Nove suspeitos
A ação da PF tem como alvo nove suspeitos de participarem do esquema fraudulento. Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e estão sendo cumpridos em endereços nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. A intenção é apreender dinheiro, veículos e bens de alto valor para ressarcir os cofres públicos.
Além do Rio de Janeiro, há indícios de que a quadrilha também atuava nos estados de Sergipe, Paraná e Santa Catarina. Os investigados responderão por diversos crimes, entre eles organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato qualificado, falsidade ideológica e falsidade de documento público.
A operação Juízo Paralelo teve início no final de 2022 e já realizou duas fases anteriores. Nesta terceira fase, a PF concentrou suas ações em desbaratar a atuação de doleiros que auxiliavam na lavagem de dinheiro para a organização criminosa.
Segunda fase da operação
Em dezembro do ano passado, a operação contra as fraudes em alvarás foi conduzida pela Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, com o apoio das Superintendências Regionais de São Paulo e Santa Catarina.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão e busca e apreensão nas cidades de Balneário Camboriú/SC, São José/SC, São Paulo/SP e Atibaia/SP. Além disso, havia indícios de que a organização criminosa também atuou nos estados de São Paulo (Tribunal de Justiça de São Paulo – TJ/SP) e Santa Catarina (Tribunal de Justiça de Santa Catarina – TJ/SC).
Os documentos apreendidos foram analisados pela equipe de investigação, que tem como objetivo apurar todos os fatos relacionados ao esquema e identificar todos os envolvidos nas fraudes.
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