A Polícia Federal, a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal deflagraram hoje a Operação Strike, que mira suposto desvio de recursos do SUS pela organização social responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento Pirajá (UPA Pirajá), em Salvador.

Segundo o Estadão, os investigadores apuram se foram cometidos crimes de fraude à licitação e peculato envolvendo um contrato com possível superfaturamento de R$ 4,5 milhões. Agentes foram às ruas de Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas para cumprir 14 mandados de busca e apreensão.

A CGU informou que as apurações são um desdobramento da Operação Copérnico, realizada em julho de 2016, para investigar um esquema de fraude à licitação com direcionamento a determinadas organizações sociais.

A Controladoria-Geral da União disse que constatou que uma dessas entidades, que foi contratada por meio de dispensa de licitação, vinha gerenciando uma quantia significativo de UPAs e atuando junto à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador desde 2011. Também afirmou que a prefeitura pagou à organização investigada quase R$ 615 milhões, relativos a serviços de gestão em unidades de pronto-atendimento, durante os últimos 10 anos.