PF atribui plano de envenenar Lula a então secretário de Bolsonaro PF atribui plano de envenenar Lula a então secretário de Bolsonaro
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PF atribui plano de envenenar Lula a então secretário de Bolsonaro

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 19.11.2024 14:25 comentários
Brasil

PF atribui plano de envenenar Lula a então secretário de Bolsonaro

Documento foi impresso pelo general Mario Fernandes no Palácio do Planalto e levado à residência do então presidente, segundo relatório

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Wilson Lima
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PF atribui plano de envenenar Lula a então secretário de Bolsonaro
Foto: Reprodução/ PF

Em seu relatório, a Polícia Federal atribuiu o plano de envenenar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin ao então chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República general de brigada Mário Fernandes (foto).

Segundo a PF, o plano foi batizado de operação “Punhal Verde e Amarelo”, denominada pelo núcleo operacional de “Copa 2022”. Pelos registros da PF, Mário Fernandes imprimiu cópias desse plano no Palácio do Planalto em duas ocasiões: 6 de dezembro e 16 de dezembro de 2022.

“Trata-se, a rigor, de um verdadeiro planejamento com características terroristas, no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco. O plano dispõe de riqueza de detalhes, com indicações acerca do que seria necessário para a sua execução, e, até mesmo, descrevendo a possibilidade da ocorrência de diversas mortes, inclusive de eventuais militares envolvidos”, descreve a PF sobre a ideia de Mário Fernandes.

Mensagens

Ainda para a Polícia Federal, o chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República tentou, em diversas ocasiões, persuadir integrantes da cúpula do Palácio do Planalto a aderir à tentativa de se instituir um golpe de estado.

Por meio de mensagens trocadas com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, o general de brigada indica que conversou com o ex-presidente da República. Mas sem qualquer resposta de Bolsonaro sobre o caso.

“Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo [Lula], não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades”, declarou Fernandes em áudio enviado a Mauro Cid em 8 de dezembro, dias antes da diplomação de Lula, que ocorreu em 12 de dezembro.

15 de dezembro

A primeira suposta tentativa de ataques a Moraes ocorreu em 15 de dezembro, conforme a PF.

“Pode deixar, general. Vou conversar com o presidente. O negócio é que ele tem essa personalidade às vezes. Ele espera, espera, espera, espera pra ver até onde vai, ver os apoios que tem”, respondeu Cid após as mensagens de Mário Fernandes.

“Na parte final do mês de dezembro de 2022, os áudios demonstram que Mário Fernandes estava frustrado com as Forças Armadas, que estariam aguardando uma decisão política para atuar. Em dado momento de mensagem encaminhada para o Coronel Reginaldo Vieira de Abreu, o general profere: ‘Cara, porra, o presidente tem que decidir e assinar esta merda, porra’”, afirma a PF em referência a uma eventual decretação de uma GLO – Garantia da Lei e da Ordem.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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Comentários (2)

Marcia Elizabeth Brunetti

19.11.2024 15:19

Está tudo tão estranho, que parece difícil acreditar. E, sobretudo, matar 3 figuras públicas sem esperar que a polícia não descubra? Não gosto do Bozo, mas tudo está estranho. Mas...a visita do Capetão ao Putin seria para pegar um pouco daquela "POÇÃO" que só a KGB tem a receita? Kkkk


Fabio B

19.11.2024 14:55

Se todo esse caso envolvendo o golpe fosse um roteiro de filme, seria descartado como comédia exagerada. Ninguém acreditaria que tantas decisões absurdas e tamanha falta de noção pudessem coexistir no mesmo enredo.


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