PF apreendeu R$ 250 mil entregue por empresário na casa de desembargadora suspeita de venda de sentença
A Polícia Federal apreendeu R$ 250 mil na casa da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia, alvo da 5ª fase da Operação Faroeste, que apura um suposto esquema de venda de decisões judiciais na Corte...
A Polícia Federal apreendeu R$ 250 mil na casa da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia, alvo da 5ª fase da Operação Faroeste, que apura um suposto esquema de venda de decisões judiciais na Corte.
A magistrada teve a prisão temporária e o afastamento da função por um ano decretados pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça. A PF gravou e monitorou acertos de propina e entrega de dinheiro com a ajuda de um delator. Os investigadores dizem que foi acertada propina de R$ 1 milhão para a desembargadora conceder uma decisão em janeiro deste ano, já com a Operação Faroeste em curso e magistrados presos.
Segundo a PF, o produtor rural Nelson Vigolo, representante da Bom Jesus Agropecuária, repassou R$250 mil ao advogado Vanderlei Chilante, que repassou o montante ao advogado Júlio Ferreira em Rondonópolis-MT. Após receber a quantia, ele viajou a Salvador-BA e entregou o dinheiro a Vasco Azevedo advogado e filho da desembargadora.
Júlio Ferreira repassou o dinheiro em um motel baiano ao filho da desembargadora, o qual, em seguida, o repassou, no interior de uma universidade para sua companheira que, livrando-se da mochila que recebeu, levou o dinheiro para residência de sua mãe.
A PF encontrou R$ 208.800,00 no interior do veículo Jaguar, R$ 15.100,00 com um funcionário da desembargadora no momento em que deixava a garagem do prédio e, R$ 35 mil encontrados em um dos quartos da unidade residência da magistrada.
Para os investigadores, o dinheiro era parte de um esquema para comprar o voto da desembargadora em julgamento realizado em janeiro, que beneficiaria o produtor rural.
Segundo o ministro, o afastamento da magistrada “não visa apenas a resguardar a imagem do Judiciário do Estado da Bahia, mas sim, primordialmente, a dar segurança ao jurisdicionado de que não serão julgados por pretora suspeita, acusada de venda de sentença e de integrar organização criminosa”.
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