PF aponta plano para "neutralizar" Moraes, Lula e Alckmin PF aponta plano para "neutralizar" Moraes, Lula e Alckmin
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PF aponta plano para “neutralizar” Moraes, Lula e Alckmin em 2022

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Rodolfo Borges
5 minutos de leitura 19.11.2024 11:34 comentários
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PF aponta plano para “neutralizar” Moraes, Lula e Alckmin em 2022

Operação Contragolpe, que prendeu militares nesta terça, 19, foi baseada em investigação sobre plano “Punhal verde amarelo”, que teria mirado chapa vencedora de 2022

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PF aponta plano para “neutralizar” Moraes, Lula e Alckmin em 2022
Foto: Reprodução/ PF

A Operação Contragolpe, que prendeu nesta terça-feira, 19, um general reformado, um policial militar e três kids pretos, como são chamados os integrantes das Forças Especiais do Exército, foi baseada em investigação sobre um plano para “neutralizar” Alexandre de Moraes, Lula e Geraldo Alckmin em 2022.

De acordo com relatório da Polícia Federal, “o objetivo do grupo criminoso era não apenas ‘neutralizar’ o ministro ALEXANDRE DE MORAES, mas também extinguir a chapa presidencial vencedora, mediante o assassinato do presidente LULA e do vice-presidente GERALDO ALCKMIN, conforme disposto no planejamento operacional denominado ‘Punhal verde amarelo’, elaborado pelo general MARIO FERNANDES”.

O general reformado Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-geral da Presidência no governo Bolsonaro, é um dos detidos nesta terça e foi apontado pela PF como líder dessa ação e “um dos militares mais radicais que integrava o mencionado núcleo militar”.

“Planejamento operacional”

O relatório que embasa a Operação Contragolpe diz o seguinte sobre Fernandes:

“As informações apresentam fortes indícios de que MÁRIO FERNANDES, atuando em contexto de ampla capilaridade, promoveu ações de planejamento, coordenação e execução de atos antidemocráticos, inclusive com registros de frequência ao acampamento montado nas adjacências do QG-Ex, e, até mesmo, de relação direta com manifestantes radicais que atuaram no período pós- eleições de 2022.”

O documento segue, tratando especificamente do que seria o pano para “neutralizar” Moraes, Lula e Alckmin:

“Ademais, ainda mais relevante, demonstram indícios de que MÁRIO FERNANDES elaborou um detalhado planejamento operacional que tinha como objetivo executar o Ministro ALEXANDRE DE MORAES e os candidatos eleitos LUÍS INÁCIO LULA da SILVA e GERALDO JOSÉ RODRIGUES ALCKMIN FILHO, ambos componentes da chapa vencedora das eleições.”

Monitoramento de Moraes

O relatório da PF também aponta o que foi interpretado como monitoramento de Moraes, principalmente em 15 de dezembro de 2022, quando os investigadores apontam o que seria a execução do plano para capturar o ministro do STF:

“Pelo que se obteve, as ações desse grupo tiveram seu ápice no dia 15 de dezembro de 2022, data em que, possivelmente, seria realizada a prisão/execução do Ministro ALEXANDRE DE MORAES na cidade de Brasília/DF.

O evento clandestino executado nessa data foi identificado em razão de diálogos que estavam armazenados no aplicativo de mensagens SIGNAL, instalado no aparelho celular de RAFAEL DE OLIVEIRA.

“Denominado ‘Copa 2022’, o grupo revela uma ousada sequência de ações realizadas por militares, nitidamente realizadas a partir de um planejamento minuciosamente elaborado. Trata-se de um verdadeiro capítulo no contexto de tentativa de Golpe de Estado.”

“Copa 2022”

A ação de 15 de dezembro teria contado com a participação de seis pessoas, que se comunicaram por mensagens sob os codinomes “Alemanha”, “Argentina”, “Brasil”, “Áustria”, “Gana” e “Japão”.

Mensagens trocadas no mês anterior, em novembro, sugerem que a ação de dezembro teria sido tratada pelo tenente-coronel Mauro Cesar Cid, o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Ferreira Lima na residência do general Walter Braga Netto.

Outras mensagens indicariam que os envolvidos chegaram à estimativa de 100 mil reais para executar o plano de “neutralizar” Moraes.

“Abortar”

“As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo ‘copa 2022’ demonstram que os investigados estavam em campo, divididos em locais específicos para, possivelmente, executar ações com o objetivo de prender o Ministro ALEXANDRE DE MORAES”, diz o relatório da PF.

A ação na noite daquele 15 de dezembro, que indicou como ponto de ação o Restaurante Gibão, localizado no Parque da Cidade de Brasília, teria sido abortada após o compartilhamento de uma notícia — “Com placar apertado, STF adia votação de orçamento secreto para 2ª” —, com a seguinte mensagem: “Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda…”.

Lula e Alckmin

O plano para “neutralizar” Lula e Alckmin é menos detalhado pelo relatório da PF. Em referência ao plano “Punhal verde amarelo”, os investigadores dizem o seguinte (o negrito é da própria PF):

“O documento de forma clara diz que ‘na análise realizada, também foram levantados outros alvos possíveis, cuja sensibilidade no momento e suas respectivas SEg Pes (seguranças pessoais) não restringem tanto uma ação de neutralização‘. O documento utiliza codinomes para não evidenciar os nomes dos alvos, mas o contexto permitiu a Polícia Federal identificar duas potenciais vítimas das ações criminosas.”

Codinomes

Segundo o relatório da PF, Lula foi identificado como “Jeca”, e Alckmin, como “Joca” pelos autores do plano.

“Pela análise, o codinome JECA seria uma alusão ao atual presidente LUIS INÁCIO ‘LULA’ DA SILVA. O texto cita que ‘sua neutralização abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos 3 Poderes, sob a tutela principal do PSDB’. Considerando que o vice-presidente de LULA é GERALDO ALCKMIN, que é historicamente vinculado ao partido PSDB, em caso de uma ‘neutralização’ de LULA, ALCKMIN assumiria a Presidência da República, o que faria a chapa vencedora ficar ‘sob a tutela principal do PSDB’, como sugere o autor.”

A essa altura do relatório da PF, aparece o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“A investigação, mediante diligências probatórias, identificou que o documento contendo o planejamento operacional denominado ‘Punhal verde amarelo‘ foi impresso pelo investigado MÁRIO FERNANDES no Palácio do Planalto, no dia 09/11/2022 e posteriormente levado até o palácio do Alvorada, local de residência do presidente da República, JAIR BOLSONARO.”

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Rodolfo Borges

Rodolfo Borges é jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Trabalhou em veículos como Correio Braziliense, Istoé Dinheiro, portal R7 e El País Brasil.

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Comentários (2)

Paulo Pires

19.11.2024 12:39

Um país aparelhado pela petralhada para desviar a atenção do corte de gastos que nunca acontecerá!!!


saul simoes junior

19.11.2024 12:29

Foi aquele sonho que o Moraes disse que teve? que ia ser pendurado na praça dos 3 poderes? Matar o chuchu? A pergunta que não quer calar esqueceram o homem bomba e seu exército que ia invadir o STF?


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