PF abre investigação sobre execução no aeroporto de Guarulhos
A corporação justificou a abertura do inquérito porque o crime ocorreu no complexo aeroportuário, área sob responsabilidade federal
A Polícia Federal (PF) determinou a abertura de um inquérito para apurar a execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach no aeroporto de Guarulhos, na tarde de sexta-feira, 8.
Em nota, a PF afirmou que vai trabalhar de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo durante as investigações.
A decisão foi tomada em comum acordo entre integrantes do governo federal e do Ministério da Justiça. A justificativa para a abertura do inquérito por parte da PF é o fato de a execução, ocorrida em plena luz do dia, ter ocorrido no complexo aeroportuário, de responsabilidade federal.
O diretor geral da PF, Andrei Passos, conversou com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e com o chefe da Polícia Civil paulista, Artur Dian, para informar sobre a abertura da investigação.
Embora tivesse uma escolta formada por policiais com treinamento para ações letais, Gritzbach estava acompanhado apenas por dois PMs na sexta-feira. Um dos veículos da segurança ficou parado em um posto de gasolina por causa de um problema mecânico.
Segundo o g1, há uma suspeita por parte de policiais federais de que o empresário possa ter sido morto por ordem de agentes de segurança corruptos ligados ao PCC, e não necessariamente por ordem direta da facção criminosa.
Investigadores acreditam que os criminosos tinham informações privilegiadas de como seria a situação de Gritzbach no terminal 2 do aeroporto, na última sexta.
PMs são afastados
Os policiais militares responsáveis pela segurança do empresário Antônio Gritzbach foram afastados preventivamente da corporação. A Polícia Civil de São Paulo também apreendeu seus celulares.
Os policiais que escoltavam o empresário se apresentaram espontaneamente no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa horas depois do crime.
Em publicação nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o ataque está possivelmente ligado ao crime organizado.
“Tudo indica que a ação criminosa ocorrida hoje no Aeroporto de Guarulhos está associada ao crime organizado. Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem”, escreveu Tarcísio no X.
Caiado cobra “resposta dura” do governo Lula
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, se manifestou nas redes sociais que o ataque a tiros Aeroporto de Guarulhos.
Em publicação no X, Caiado afirmou cobrou uma “resposta dura” do governo Lula no combate ao crime organizado.
“O PCC se permite a audácia de entrar no maior aeroporto do Brasil e executar, com tiros de fuzil, uma testemunha. Atuam à vontade, à luz do dia. Ou o estado brasileiro acaba com as facções ou as facções tomarão de vez o estado brasileiro. O atentado foi cometido no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Uma área sob jurisdição federal. Um crime possivelmente fruto de delação sobre lavagem de dinheiro envolvendo o tráfico, que também é da alçada do governo federal”, escreveu o governador.
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