“Peço desculpas ao irmão Lula e ao irmão Alexandre”, diz Sererê
O líder indígena José Acácio Serere Xavante emitiu nota nesta quinta-feira (5) pedindo perdão ao presidente Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, referindo-se a eles como “irmãos”. “Peço, humildemente, desculpas ao povo brasileiro por eventuais declarações exageradas que fiz, ao criticar o sistema eleitoral brasileiro. Da mesma forma, peço
Preso na penitenciária na Papuda desde que atacou as urnas eletrônicas e defendeu um golpe militar, o líder indígena José Acácio Serere Xavante emitiu nota há pouco, por meio de seus advogados, pedindo desculpas pelo ocorrido e alegando que foi mal-informado.
No texto, ele se refere a Lula e Alexandre de Moraes como “irmãos”.
“Peço, humildemente, desculpas ao povo brasileiro por eventuais declarações exageradas que fiz, ao criticar o sistema eleitoral brasileiro. Da mesma forma, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal; ao Tribunal Superior Eleitoral; ao presidente irmão Lula; ao irmão Alexandre; à minha família; à minha querida tribo Xavante; e, aos meus amados irmãos da nossa Igreja“, escreveu o líder indígena no documento.
Sererê diz que cometeu “um equívoco ao defender a tese de que haveria fraude, ou mesmo risco de fraude, nas urnas eletrônicas”. “Na verdade, não há nenhum indício concreto que aponte para o risco de distorção no resultado às urnas, ou na vontade do eleitor brasileiro. Defendi a tese da suposta fraude, com base em informações erradas, que me foram fornecidas por terceiros, que, agora, olhando para trás, vejo que estavam inteiramente desvinculadas da realidade.”
O índio também afirmou agora ser contra qualquer “ruptura democrática”. “Nem acredito em métodos violentos, e/ou qualquer tipo de violência, como método de ação política. Sou um xavante, pai, cristão, pastor, criado num local remoto, com muito respeito à verdade, e, como tal, entendo que o amor, o perdão e a conciliação são os únicos caminhos possíveis para a vida em sociedade.”
Preso no dia 12 de dezembro por participar de manifestações antidemocráticas, Sererê também desautorizou qualquer pessoa a falar em seu nome e constituiu os advogados Jéssica Tavares, Pedro Coelho e João Pedro Mello para representá-lo no inquérito em que é investigado no Supremo.
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