Pazuello foi avisado de que, sem lockdown, Brasil pode levar até dois anos para controlar pandemia
Ata de uma reunião do Comitê de Operações de Emergência (COE) do Ministério da Saúde, obtida pelo Estadão, revela que Eduardo Pazuello, ao assumir a pasta, foi avisado de que, sem medidas de isolamento, o país poderia levar até dois anos para controlar a pandemia...
Ata de uma reunião do Comitê de Operações de Emergência (COE) do Ministério da Saúde, obtida pelo Estadão, revela que Eduardo Pazuello, ao assumir a pasta, foi avisado de que, sem medidas de isolamento, o país poderia levar até dois anos para controlar a pandemia.
“Sem isolamento, um tempo muito grande de 1 a 2 anos para controlarmos a situação”, informa o documento. Os técnicos avaliaram que, esgotadas as UTIs, os picos de morte poderiam aumentar descontroladamente, levando insegurança à população, que se recolheria mesmo com tudo funcionando, gerando um “desgaste maior ou igual ao isolamento na economia”.
No mesmo documento, segundo o jornal, o comitê discute a criação de um aplicativo para monitorar pacientes da Covid-19 e até dez pessoas que tiveram contato com a pessoa infectada, o que nunca saiu do papel.
Apesar do alerta, a gestão de Pazuello deixou de ressaltar o benefício do distanciamento social. Em 1.º de julho, ao ser questionado sobre a flexibilização das quarentenas, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, esquivou-se: “Não posso afirmar que este aumento tem relação direta com a decisão do gestor local.”
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