Após denúncia, parlamentares pressionam Ganime a revelar nomes; leia outras reações
O deputado José Nelto, do Podemos de Goiás, disse a O Antagonista que, assim como o líder do Novo, Paulo Ganime, "já ouviu falar da venda de emendas" parlamentares. "Eu também já ouvi dizer, já ouvi falar da venda de emendas, de pedido de propina [a prefeitos] de 10%, 15%. Eu já ouvi esse comentário...
O deputado José Nelto, do Podemos de Goiás, disse a O Antagonista que, assim como o líder do Novo, Paulo Ganime, “já ouviu falar da venda de emendas” parlamentares.
“Eu também já ouvi dizer, já ouvi falar da venda de emendas, de pedido de propina [a prefeitos] de 10%, 15%. Eu já ouvi esse comentário. Mas, já que o deputado [Paulo Ganime] falou, agora tem que apurar.”
Nelto defendeu que Arthur Lira, presidente da Câmara, determine que o Conselho de Ética apure as declarações de Ganime.
“É uma denúncia seríssima essa do líder do Novo.”
O senador Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina, afirmou que o colega deputado “precisa dar nomes”.
Joaquim Passarinho, deputado do PSD do Pará, disse que as declarações de Ganime são “triste realidade”.
Já o deputado Eros Biondini, do Pros de Minas Gerais, afirmou que “as emendas são muito importantes” e que, “infelizmente, os bons pagam pelas atitudes dos maus”.
A nova edição da Crusoé traz hoje imagens exclusivas, feitas pela Polícia Federal, do deputado federal Josimar Maranhãozinho, cacique bolsonarista do PL, com uma bolada de dinheiro nas mãos, que, segundo a PF, é de emendas do chamado orçamento secreto. Não há, até hoje, nenhuma prova mais eloquente da corrupção envolvendo a farra de emendas por meio da qual o governo de Jair Bolsonaro tem comprado apoio político no Congresso. Clique aqui e veja as imagens e leia a reportagem completa.
Ganime detalhou a este site relatos sobre como funcionaria o esquema de corrupção das emendas justamente ao comentar a reportagem da Crusoé.
Em reservado, um deputado disse a este site: “Quando cavar no PL, vai ser buraco profundo”. Um outro, também pedindo reserva, afirmou: “Que horror: o pessoal não toma vergonha na cara”. Um petista só reagiu assim: “Vixe”.
O bolsonarista Bibo Nunes, do PSL do Rio Grande do Sul, tentou minimizar o escândalo: “Corrupto tem em todos os partidos. O que os partidos têm que fazer é denunciá-los na Justiça. Ninguém pode ter corrupto de estimação”.
Vinicius Poit, deputado federal e pré-candidato do Novo ao governo de São Paulo, disse: “Quando não há transparência e prestação de contas, o dinheiro do pagador de impostos vai ou para o ralo ou para o crime”.
O líder do Cidadania na Câmara, Alex Manente, evitou fazer críticas ao colega pego com dinheiro na mão: “Temos de acreditar nas autoridades competentes, para finalizar a investigação e o julgamento dessa questão, para poder tomar as providências cabíveis”.
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