Para quê serve o terceiro pino das tomadas?
As tomadas de três pinos no Brasil tornaram-se presença constante em casas, escritórios e comércios desde o início da década de 2010
As tomadas de três pinos no Brasil tornaram-se presença constante em casas, escritórios e comércios desde o início da década de 2010, ligadas à necessidade de organizar o sistema elétrico nacional e reduzir acidentes causados por instalações improvisadas.
Entender por que o padrão mudou, como ele funciona e quais cuidados adotar ajuda a esclarecer o papel da tomada de três pinos na segurança elétrica do dia a dia e a avaliar se uma instalação está adequada ou se precisa de atualização.
O que é a tomada de três pinos no Brasil e por que ela se tornou o padrão
A chamada tomada de três pinos no Brasil é um conector padronizado que segue a norma ABNT NBR 14136. Conhecida como tipo N, ela tem dois pinos responsáveis pela condução da energia (fase e neutro) e um terceiro pino central, mais espesso, destinado ao aterramento, o que reduz erros de ligação e facilita o encaixe correto dos plugues.
A padronização passou a ser exigida para novos produtos e instalações a partir de 2011, em um esforço de organizar a grande variedade de tomadas que existia no país.
Antes disso, era comum encontrar modelos redondos, chatos, de dois ou de três pinos, muitas vezes sem critério de segurança, o que dificultava projetos e aumentava riscos.

Como a tomada de três pinos no Brasil contribui para a segurança elétrica
O ponto central da discussão sobre a tomada de três pinos brasileira é o papel do pino de aterramento, que funciona como um caminho alternativo para a corrente elétrica em caso de falhas. Ele desvia possíveis fugas de energia para o solo, reduzindo a chance de choques em carcaças metálicas de equipamentos, como geladeiras, máquinas de lavar e computadores.
Para que esse benefício exista de fato, é necessário que o aterramento esteja corretamente instalado no quadro elétrico e em toda a fiação, inclusive com barramento de terra adequado. Em muitos imóveis antigos, o terceiro pino é apenas decorativo, pois o condutor de terra não foi passado até a tomada, exigindo revisão da instalação para que o sistema funcione conforme as normas.
Quais são os principais benefícios técnicos da tomada de três pinos
Além da segurança, o padrão de tomada de três pinos no Brasil traz efeitos práticos nas instalações elétricas, pois a geometria dos pinos e a distância entre eles foram calculadas para suportar correntes específicas, com versões de 10 A e 20 A. Isso evita o uso de plugues subdimensionados em equipamentos mais potentes, como micro-ondas, fornos elétricos ou aparelhos de ar-condicionado.
Entre os benefícios mais citados estão características técnicas que tornam o uso do sistema mais seguro, padronizado e compatível com as necessidades das residências e comércios modernos:
- Aterramento dedicado para aparelhos que exigem maior proteção;
- Compatibilidade com as duas tensões mais comuns no país, 127 V e 220 V;
- Redução de improvisos com adaptadores de múltiplos padrões antigos;
- Organização visual das instalações, já que todos os pontos seguem a mesma forma;
- Melhor identificação de circuitos que exigem plugue de 20 A, evitando sobrecarga.
O canal TecMundo, publicou em seu canal no Youtube um guia completo sobre todas as informações a respeito da tomada de 3 pinos:
Como adaptar instalações antigas ao padrão de três pinos
A convivência entre tomadas antigas e o novo sistema ainda é comum em edifícios anteriores à obrigatoriedade da norma, exigindo planejamento. Em muitos casos, a atualização da rede não requer a troca completa da fiação, mas uma avaliação técnica é indispensável para saber até onde é possível aproveitar a estrutura existente com segurança.
Algumas medidas geralmente recomendadas em processos de adaptação incluem a verificação dos componentes, a correção de falhas e a inclusão de dispositivos de proteção complementares, sempre com mão de obra qualificada:
- Verificar o estado dos fios, quadros de distribuição e disjuntores;
- Instalar condutor de terra adequado, conectado a hastes de aterramento ou sistema de proteção disponível;
- Substituir tomadas antigas por modelos de três pinos conforme a ABNT NBR 14136;
- Utilizar dispositivos diferenciais-residuais (DR) em áreas molhadas e circuitos sensíveis;
- Evitar o uso permanente de adaptadores e extensões improvisadas.
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