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Mãe é “pessoa que pariu” para o Ministério da Saúde

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Alexandre Borges
3 minutos de leitura 18.01.2024 09:15 comentários
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Mãe é “pessoa que pariu” para o Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde, em mais um aceno ao que se convencionou chamar de "ideologia de gênero" e "linguagem neutra", fez uma campanha sobre cuidados pós-parto sem mencionar as palavras "mulher" ou "mãe", apenas "o corpo de quem pariu" ou "pessoa que pariu".

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Mãe é “pessoa que pariu” para o Ministério da Saúde
Foto: Min. da Saúde

O Ministério da Saúde, em mais um aceno ao que se convencionou chamar de “ideologia de gênero” e “linguagem neutra”, fez uma campanha sobre cuidados pós-parto sem mencionar as palavras “mulher” ou “mãe”, apenas “o corpo de quem pariu” ou “pessoa que pariu”.

Para os adeptos desta visão radical ideológica, mulheres biológicas transsexuais, que se identificam como homens, devem ser tratadas como homens, portanto a mera pressuposição de que apenas mulheres possam ser mães seria uma “transfobia”.

Ao assumir este discurso ideológico radical em textos oficiais, o governo federal levanta dúvidas sobre como segue o princípio da impessoalidade na administração pública. O Artigo 37 da Constituição Federal diz que a administração pública direta e indireta deve seguir seguintes princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Em postagem recente no site do Ministério da Saúde, sobre a campanha de distribuição de absorventes para a população, o texto também evita o termo “mulher”, com apenas uma menção a “meninas” no final. A palavra mais usada no comunicado, ao se referir aos destinatários do programa, é “pessoas”. O programa de “dignidade menstrual” reconhece que a menstruação ocorre em “metade da população”, mas qual metade?

Para o biólogo geneticista Eli Vieira, pesquisador do tema, “a maioria dos transexuais verdadeiros, que são os que têm diagnóstico de disforia ou incongruência de gênero, não se interessa por esse tipo de controle da língua.” Vieira alerta que “um Ministério da Saúde deveria se interessar por certos fatos médicos ainda pouco compreendidos, como o efeito da terapia hormonal cruzada em homens trans que engravidam.”

Para o especialista, “a obsessão pela identidade da gestante está falando mais alto que o interesse pela saúde do bebê.”

Diz a postagem do Ministério da Saúde no X:

“Também conhecido como pós-parto, puerpério é o período que ocorre após o parto. Nesta fase, o corpo de quem pariu está em processo de recuperação passando por uma série de modificações físicas, emocionais e psicológicas.

Estima-se que o tempo médio do puerpério é de 6 semanas, começando imediatamente após o parto do bebê. Contudo, esse período pode ser variável de acordo com cada realidade, especialmente quando relacionado à amamentação. Durante esta fase, a pessoa que pariu ou vivenciou uma perda gestacional está readequando a sua rotina à nova realidade.

A consulta puerperal é realizada no período de quarenta e dois dias após o parto, com finalidade da conclusão da assistência obstétrica. Na Atenção Primária à Saúde recomenda-se uma visita domiciliar na 1ª semana após a alta do bebê.”

Foto: Reprodução/X
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